Sozinho, time de Kaká leva três vezes mais público ao estádio que o Brasileiro inteiro

Menor público do Orlando City: 27.243; menor do Brasileiro: 4.116, em Sport x Figueirense (Foto: ESPN)
Menor público do Orlando City: 27.243; menor do Brasileiro: 4.116, em Sport x Figueirense (Foto: ESPN)

Seis jogos contra 17, e ainda assim o Orlando City massacra o Campeonato Brasileiro quando o assunto é público. Sozinho, o time que tem como estrela o meia brasileiro Kaká leva, em média, três vezes mais torcedores ao estádio que a principal disputa do país cinco vezes campeão do mundo.

Na soma das seis oportunidades em que atuou em casa na Major League Soccer, a equipe norte-americana registrou a presença de 224.677 torcedores no Citrus Bowl, uma média de 37.446 por duelo, recorde para uma estreante na principal liga de futebol dos Estados Unidos.

Das 20 partidas disputadas até agora em duas rodadas do Brasileiro-2015, só 17 tiveram público (três foram com portões fechados por conta de punições a Goiás, Joinville e Ponte Preta). No total, 215.323 pessoas viram os confrontos in loco, uma média de 12.666.

A diferença é gigante: a média de público da competição mais importante do futebol nacional cabe, com sobra, três vezes dentro da registrada pelo Orlando City, que, lembrando, fez 11 jogos a menos.

Em números absolutos, a equipe que tem como dono o empresário brasileiro Flávio Augusto da Silva teve 9.354 pessoas a mais em suas seis partidas que o Brasileiro-2015 em 17.

Segundo o diretor de comunicações internacionais do Orlando City, Marcos Peres, o sucesso tem como base a identificação do público local com a franquia. “Embora hoje tenhamos importantes representantes brasileiros, nós somos um time americano para americanos, somos o time do povo local da Flórida central [parte do estado onde está Orlando e Tampa Bay, por exemplo]”, afirmou ao ESPN.com.br.

Para reforçar a ideia, Peres lembra um episódio de 2013. Naquele ano, o time que fora fundado em outubro de 2010 e que ainda não tinha um dono brasileiro e um jogador também brasileiro que já foi eleito o melhor do mundo, chegou à final da USL, espécie de terceira divisão nos Estados Unidos.

E entre o segundo jogo da semifinal, dia 30 de agosto, contra o Charleston Battery, e a decisão, em 7 de setembro, a franquia, ainda sem um parceiro forte de comercialização de bilhetes na internet como tem hoje, vendeu 21 mil ingressos em seis dias.

“Foi o público local, que vive e acompanha o time no dia a dia, jogo a jogo”, disse Peres. Resultado: o Orlando City ganhou do Charlotte Eagles por 7 a 3 e foi campeão.

A identificação citada faz sentido. Há poucos dias, um repórter do ESPN.com.br que esteve em Orlando por mais de uma semana testemunhou um movimento grande de crianças, adolescentes e adultos norte-americanos, não turistas, vestindo a camisa do time de Kaká em vários pontos diferentes da cidade.

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