Professores da UFAL entram em greve por tempo indeterminado

Os professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL) decidiram, em assembleia geral realizada nesta segunda-feira, 25, paralisar as atividades a partir da quinta-feira, 28.

AdufalOs professores decretaram greve nacional

Os professores decretaram greve nacional

Nesta manhã, a categoria decidiu em aderir a greve nacional por tempo indeterminado. Pelo menos 179 professores participaram da assembleia geral. Destes, 116 docentes foram favoráveis à greve, 47 contra e duas abstenções.

Os professores reivindicam a reestruturação de carreira, reposição salarial de 27%  e  a garantia de autonomia para as universidades. Além disso, eles reclamam da péssima condição de trabalho e a falta de estrutura física dos campi.

De acordo com informações da Associação dos Docentes da Ufal (Adufal), os referenciais remuneratórios da categoria aparecem apenas em tabelas de valores nominais, sem piso e sem relação entre regimes de trabalho e titulação.

“Na última greve em 2012, o Governo Federal apresentou tabelas e mais tabelas que na prática resultaram no aprofundamento da desestruturação da carreira e por isso, nosso Sindicato Nacional não assinou o acordo proposto”, informou o presidente da Adufal, professor Marcio Barboza.

Na sexta-feira, 22, o Sindicato Nacional das Instituições de Ensino Superior (Andes SN), representante da classe nacionalmente, esteve reunido com o Ministério da Educação (MEC). Na oportunidade, o Ministro Luiz Cláudio Costa informou ao professores que o acordo firmado com a categoria em de abril de 2014 sobre os conceitos da carreira não é válido, já que nenhum secretário do MEC pode assinar acordo sem a aprovação do resto do ministério.

Diante da situação, professores federais de 23 universidades optaram pela paralisação das atividades.

Na última quinta-feira, dia 21, os técnico-administrativos da UFAL também decretaram greve. Conforme dados do Sintufal, a categoria pede concurso público, reajuste salarial de 27,03%, implantação de data-base, mais democracia nos campi, melhores condições de trabalho, entre outras reivindicações.

Dia Nacional de Paralisação

Já no dia 29 de Maio, haverá o Dia Nacional de Paralisação, organizado pela CSP-Conlutas e outras centrais sindicais para lutar contra a terceirização e os demais projetos que retiram direitos dos trabalhadores, está cada vez mais próximo. A orientação é que entidades e movimentos filiados prepararem a programação no dia de luta, organizando plenárias e assembleias com as bases para conseguir máxima adesão dos trabalhadores.

Os eixos da paralisação foram definidos: contra o PL da Terceirização, contra as Medidas Provisórias 664 e 665 e o ajuste fiscal, e em defesa dos direitos e da democracia.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos