Audiência Pública discute assistência à saúde mental nesta quinta

Câmara MunicipalVereadora Heloísa Helena

Vereadora Heloísa Helena

A Câmara Municipal realiza na próxima quinta-feira (28), a partir das 9h, uma Audiência Pública para tratar da assistência à Saúde Mental na cidade de Maceió. A sessão foi proposta pela vereadora Heloísa Helena (PSOL), que também é presidente da Comissão Permanente de Saúde da Casa.

De acordo com ela, participam representantes da Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas, Secretaria Municipal de Saúde, movimentos sociais e instituições vinculadas à Saúde Mental. “Queremos uma ampla discussão, da assistência básica a mecanismos de hospitalização”, disse.

Ainda segundo a propositora, a comissão de Saúde do Poder Legislativo já vinha desenvolvendo um trabalho sistemático com relação a esta especialidade. “Já vínhamos realizando visitas e reuniões para discutir o tema, tanto em hospitais, quanto nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps) e na própria secretaria municipal. Isso bem antes de explodir a atual crise, com o anúncio da Clínica José Lopes, que ameaça fechar as portas por falta de recursos”, informou.

Heloísa Helena destacou que a expectativa é de uma discussão produtiva sobre tema, que aponte soluções e que busque alternativas viáveis. “Tanto existem profissionais de saúde e movimentos que são contrários à redução de leitos, como há muitos que são favoráveis à esta redução e à adoção de outras modalidades de atendimento. Todas essas opiniões serão amplamente debatidas durante a Audiência Pública”, disse ainda.

SESSÃO ORDINÁRIA – A assistência médico hospitalar em Saúde Mental foi tema de amplo debate por duas vezes, durante as sessões ordinárias da semana passada. Os vereadores discutiram em Plenário notícia veiculada pela Imprensa sobre a possibilidade da Clínica José Lopes, localizada no bairro de Bebedouro, fechar as portas por falta de recursos. Segundo os parlamentares, caso isso ocorra, cerca de 140 pacientes deixam de ter atendimento e muitos deles podem até ficar nas ruas, já que não dispõem mais de referência familiar.

“É uma situação grave que não se restringe apenas a José Lopes, outras unidades também enfrentam dificuldades. As informações são de que faltam desde alimentos para as refeições até fronhas e lençóis nas camas”, denunciou a vereadora Fátima Santiago (PP).

A atual crise na rede de assistência em Saúde Mental se deve, entre outros motivos, aos cortes de verbas que são repassadas às entidades para o atendimento via Sistema Único de Saúde (SUS) pela Secretaria Municipal de Saúde de Maceió e reflete uma situação nacional, diante do contingenciamento de recursos pelo Ministério da Saúde.

Fonte: Câmara Municipal de Maceió

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