Câmeras flagram momento em que guarda mata namorada em shopping

Jovem de 25 anos foi baleada no rosto, na praça de alimentação, em Goiás. Namorado também atirou na própria cabeça e morreu no hospital

Reprodução/FacebookJuliana foi morta na praça de alimentação de shopping

Juliana foi morta na praça de alimentação de shopping

Câmeras de segurança de uma lanchonete registraram o momento em que o guarda civil metropolitano Ewerton Duarte Caldas, de 38 anos, atirou contra a namorada, Juliana Paiva Martins, de 25, na praça de alimentação do Buriti Shopping, em Aparecida de Goiânia. Ela morreu na hora e ele, que tentou suicídio no local, foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital.

O crime aconteceu na noite de sexta-feira (29). O vídeo mostra Ewerton e Juliana sentados em uma mesa. Eles parecem conversar, quando ele levanta, senta de novo, saca a arma e atira contra o rosto namorada. Em seguida, ele atira contra si e é possível ver que as pessoas começaram a correr sem entender o que estava acontecendo.

Após matar Juliana, Ewerton chegou a ser encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Ele não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de sábado (30).

Segundo a Polícia Civil, tudo indica que eles tiveram um desentendimento, que motivou o crime passional. “O casal estava tendo uma tensão na própria praça de alimentação que culminou nessa situação trágica”, disse o delegado André Fernandes, que registrou a ocorrência.

O caso passou a ser investigado nesta segunda-feira (1º) pelo Grupo de Investigações de Homicídios (GIH) de Aparecida de Goiânia. O delegado Rogério Bicalho diz que Juliana chegou a fazer compras antes do crime e que tentou pedir socorro a funcionária de uma loja.

“Ela conversou com uma vendedora e disse que estava sendo ameaçada. Mas a gente vai identificar as circunstâncias de como tudo ocorreu, vamos ouvir os familiares dos dois envolvidos, e até as pessoas que estavam no shopping no momento do crime”, destacou Bicalho.

Em nota, o Buriti Shopping lamentou o ocorrido e afirmou que presta todo o suporte necessário às famílias das vítimas. O centro comercial voltou a funcionar normalmente na manhã de sábado.

Desavença
A família de Ewerton diz que desconhecia qualquer desavença ou ameaça entre o casal. “Nunca soubemos que ele tivesse ameaçado ela ou que já tivessem brigado alguma vez. Ele não era violento”, disse ao G1 o tio de Ewerton, o porteiro Orlando de Jesus dos Santos.

O parente contou que o sobrinho já foi casado, mas se separou há cerca de sete anos. Depois do divórcio, Ewerton passou a morar com a mãe e os dois filhos, uma menina de 11 anos e um garoto, de 9. “Ele era filho único, então a mãe está em choque até agora. Ela que cuidava dos meninos quando ele ia trabalhar”, afirma o tio. O guarda apresentou Juliana à família como namorada há três meses.

Indignado com o crime, o cantor Darwin Rocha, primo de Juliana, publicou em uma rede social que a jovem foi vítima de uma “violência insana”. Ainda na internet, o familiar desabafou pedindo paz: “Basta de tanta violência! Basta de tanto machismo! Basta de tantos rancores! Basta de violência na TV, nas ruas, nas casas! Basta dessa cultura da violência!”.

Licença médica
A Guarda Municipal de Goiânia informou que Ewerton ficou de licença médica durante 30 dias. Desde que retornou, há 15 dias, atuava no serviço administrativo. Por isso, segundo a corporação, ele não tinha o porte de armas liberado e o revólver usado no crime não pertence à corporação.

“Ele pediu para fazer parte do corpo do serviço administrativo, pois disse estar cansado das ruas. Antes disso, ele ficou afastado por cerca de um mês por motivos médicos”, explicou o chefe de serviços da GCM, Marcondes Batista Rodrigues.

Segundo o chefe, Ewerton nunca levantou suspeitas e jamais relatou sobre o namoro com Juliana. “A gente falava bastante sobre filhos, pois eu sou um pai recente e ele tem um casal de filhos. Mas fora isso, ele não falava nada da vida conjugal”, disse o GCM.

O comandante da GCM, Elton Magalhães, destacou que Ewerton era um profissional “tranquilo”. “Ele trabalhava aqui há cerca de um ano e era um funcionário que exercia muito bem suas funções. Ainda não sabemos qual era o motivo exato do afastamento dele e estamos em um aguardo do laudo da Junta Médica”, explicou.

Fonte: G1

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