Mestrandas pesquisam anuro na APA da Marituba
Os locais preservados da Área de Proteção Ambiental (APA) da Marituba do Peixe têm chamado a atenção de pesquisadores de espécies da fauna e flora nativa e o Instituto do Meio Ambiente (IMA) apóia as atividades na região. Conhecida por abrigar o chamado ‘Pantanal Alagoano’, está localizada entre os municípios de Feliz Deserto, Penedo e Piaçabuçu, e possui 18.600 hectares.
Recentemente três mestrandas do curso de biologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) estiveram na região realizando pesquisa empírica. Em incursões noturnas, a equipe coordenada por Juliana Sobraes Barreto, buscavam amostras da incidência de uma espécie de rã para a pesquisa sobre a variação geográfica da Scinax pachyrus (Miranda-ribeiro)( anura: hylidae).
O anuro anfíbio é endêmico do Brasil e pode ser encontrado nos estados de Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Pernambuco e Alagoas. Segundo a pesquisadora, o trabalho durou apenas um dia e a “espécie não foi encontrada, olhamos outras, mas depois vimos que não se tratava dela”, comentou. O chefe da APA da Marituba, Elton Ramos, explicou que o IMA apóia as atividades com suporte de logística “ou outras demandas necessárias” e que “a presença de pesquisadores incentiva a preservação ambiental”.
A APA da Marituba do Peixe foi criada em 1988 conforme o Decreto Estadual nº 32.858 para preservar as características ambientais e naturais, visando garantir a produtividade pesqueira e a diversidade da fauna e da flora.
Mestrandas pesquisam anuro na APA da Marituba
Segundo levantamento realizado pela diretoria de Unidades de Conservação do IMA, para o livro As Riquezas das Áreas Protegidas no Território Alagoano, “no período das cheias dos rios, a área inundada torna os habitats aquáticos predominantes; durante a vazante, a área alagável transforma-se em um verdadeiro mosaico, com habitats terrestres e aquáticos”. Outra característica marcante é a presença dos chamados cordões arenosos, da restinga e da flora aquática.
