Deputado apresenta balanço de mandato e critica Governo: “não mostrou a que veio”

Deputado criticou o que chamou de rupturas em ações que beneficiavam a população

Izabelle Targino/Alagoas24horasDeputado Rodrigo Cunha (PSD)

Deputado Rodrigo Cunha (PSD)

Em entrevista concedida à imprensa na tarde desta quarta-feira (29), o deputado estadual Rodrigo Cunha (PSDB) apresentou um balanço do primeiro semestre de mandato e repercutiu outros assuntos relativos à política em Alagoas. O parlamentar não poupou críticas à Assembleia Legislativa do Estado, nem ao Governo do Estado que, em sua opinião, “Ainda não conseguiu mostrar a que veio”. Cunha considera que o governo Renan Filho teve mais atropelos do que avanços, pelo menos até o momento. “Tive muito cuidado para não ser irresponsável e já sair criticando desde o início. Mas acho o tempo de adaptação já passou e o governo já está há sete meses no exercício pleno da atividade e já deu para mostrar a que veio e, infelizmente, não percebo muitas evoluções. Pelo contrário, percebo muitas vezes alguns atropelos”, declarou o deputado tomando como exemplo o projeto de Lei do Passe Livre.

Além deste, vários outros motivos levaram Cunha a fazer uma avaliação negativa do primeiro semestre do governo Renan Filho. “Então percebo em várias outras ações uma ruptura, como nos projetos sociais da distribuição da sopa e das gestantes. Disseram que iam continuar os projetos, mas substituindo por outros e quando você substitui, você suspende. Outra coisa importante é a Educação. É importante ter uma escola em tempo integral para ser o modelo, mas não pode esquecer o restante. Não adianta ter uma escola boa e as outras estarem realmente andando para trás. A gente percebe que há uma dissonância nas regiões do Estado em relação ao ensino”, continuou.

Crise no Procon

Rodrigo Cunha também criticou a situação do Procon, órgão do qual foi superintendente durante sete anos. “Em primeiro de janeiro o Procon teve seus funcionários exonerados e três meses depois assumiu uma pessoa. Então não tinha quem fizesse um pagamento e funcionários ficaram sem receber, estagiário sem receber, as impressoras não tinham cartuxo e as pessoas tiravam do próprio bolso, mas o serviço continuou. Algumas situações que são contínuas foram interrompidas sem planejamento, então pecou muito nesse ponto e está sofrendo por isso”, comentou.

Desvalorização dos servidores públicos

Outro pronto abordado pelo deputado foi a relação entre o Governo e os servidores públicos. Para Cunha, os servidores criaram uma grande expectativa com base nas promessas de valorização e não tiveram o resultado esperado. “Nem mesmo IPCA, que já estava fazendo parte do cotidiano dos servidores, que sabiam que no mínimo receberiam aquele valor, mas não foram atendidos. Então nessa linha ele pecou muito. Sabemos que vários cortes ainda serão feitos, mas é preciso se preocupar, sim, com o servidor, principalmente porque houve essa promessa. Isso é algo que vamos acompanhar: tanto as promessas feitas em campanha, como as feitas aqui na ALE, para que saiam do papel”, finalizou o deputado.

Projetos em pauta

O parlamentar aproveitou o encontro com a imprensa para lembrar uma série de  Projetos de Lei que já foram protocolados e serão discutidos na Casa de Tavares Bastos, neste segundo semestre. Um deles é o projeto que cria a Lei Geral do Concurso Público. De acordo com o deputado, o que delega as regras dos concursos estaduais é o edital, mas com a Lei, ficarão proibidas muitas coisas que acabam prejudicando os candidatos. “Essa lei já existe em outros estados e acho muito importante. Com ela, os órgãos ficam proibidos cadastro de reserva e vaga simbólica, que é quando chama uma pessoa e depois contratam terceirizados. As empresas terão um prazo de 90 dias entre o lançamento do edital e a realização da prova, evitando assim que desistam do concurso e os candidatos passem por todo aquele processo pra conseguir a devolução do pagamento da inscrição. No caso de prova oral, o projeto obriga que sejam filmadas, para que o candidato possa solicitar caso precise entrar com recurso, entre outras coisas”, explicou Rodrigo Cunha.

O deputado explicou que passou estes primeiros meses conhecendo a Casa, mas que a partir de agora o trabalho será de fiscalização. “As pessoa acompanham meu trabalho, me cobram ações e dão sugestões de projetos. Sempre usei a comunicação a favor da população para que ela tenha voz e na ALE será da mesma forma. O trabalho vai ser de fiscalização”, finalizou o deputado.

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