Caminhos para superar a crise

Jane de Araújo/Agência SenadoRenan Calheiros, presidente do Congresso Nacional

Renan Calheiros, presidente do Congresso Nacional

A Agenda Brasil começou a sair do papel. Esta semana criamos a comissão que irá acelerar as votações. A Agenda reúne sugestões para a retomada do desenvolvimento nacional, considerando os desafios nos campos econômico, social, de eficiência de gestão e controle do Estado brasileiro.

 A Agenda justifica-se em razão das crises econômica e política que o país vive. Crises com reflexos sobre a confiança dos agentes econômicos, com redução da atividade econômica, da taxa de investimentos, do nível de emprego e do declínio do consumo, além do desajuste das contas públicas.

 O governo e seus programas não cabem mais no PIB. Constata-se o esgotamento do modelo de crescimento atrelado majoritariamente ao consumo. A flexibilidade fiscal heterodoxa escondeu as fragilidades de gestão e a ineficiência da máquina de governo e de seus programas.

 A Agenda Brasil não é uma proposta fechada. São iniciativas articuladas, dando consistência ao modelo de desenvolvimento proposto. Quanto mais nos retardarmos a entender os contornos dos desafios presentes, mais a crise se agrava.

 Seu caráter aberto a críticas e sugestões dos cidadãos, trabalhadores e empresários irá enriquecer os três eixos orientadores: melhoria do ambiente de negócios e da infraestrutura, equilíbrio fiscal e proteção social. As iniciativas passarão pelas duas casas do Congresso.

 Trata-se de uma Agenda ambiciosa no sentido de indicar medidas para destravar os nós do desenvolvimento nacional, para remover as travas e não apenas tentar resolver a equação fiscal presente. Os eixos propostos se complementam para permitir coerência e rumo, convergindo numa Agenda transformadora, base de uma estratégia de desenvolvimento nacional que considere o dinamismo das regiões brasileiras.

 A Agenda desenha um enredo para construir saídas para a crise na economia mas, sobretudo, para a equação de desenvolvimento do país. E cabe à política fazê-lo. Sua concretude e viabilidade, portanto, será consequência da concertação responsável e dialogada entre atores políticos e econômicos, construindo o rumo do desenvolvimento que o país tanto clama.

(*) É senador pelo PMDB/AL e presidente do Congresso Nacional

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