Missa marca um ano da morte da soldado Izabelle e família luta por justiça

Vestidos com camisas que trazem o rosto da jovem militar, familiares voltam a apontar ligação da morte com o caso Davi.

(Foto: João Urtiga / Alagoas 24 Horas)Pai e mãe de Izabelle usam camisa com a foto da filha (Foto: João Urtiga / Alagoas 24 Horas)

Pai e mãe de Izabelle usam camisa com a foto da filha (Foto: João Urtiga / Alagoas 24 Horas)

Sentimentos como dor e indignação marcaram a missa de um ano da morte da soldado Izabelle Pereira dos Santos. neste domingo (30), na paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Vergel. Camisas e faixas com os dizeres “guerreiros da fé não gelam” decoraram o lugar em um momento de homenagens e fé

Enquanto isso, os inquéritos civil e militar que investigam a morte da miliar, ocorrida em 31 de agosto de 2014 quando Izabelle foi encontrada morta dentro de uma viatura da Radiopatrulha, parecem congelados no tempo e sem um final. Segundo a irmã da jovem, Ingrid Pereira, a família ainda espera uma resposta contundente das autoridades enquanto lutam para que o caso não fique no esquecimento.

A investigação que segue na Polícia Civil é comandada pelo delegado Lucimério Campos, enquanto a outra é realizada pela Corregedoria da Polícia Militar (PM). Na última terça-feira (25), a Procuradoria Militar do Estado de Alagoas ofereceu denúncia aos dois soldados da PM e companheiros de Izabelle: José Rogério Mariano da Silva, de 33 anos, e Samuel Jackson Ferreira de Lima, de 27 anos, pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

No texto divulgado pela Procuradoria, por ser comandante da guarnição, José Rogério é citado como o principal responsável pela ação da Radiopatrulha que terminou na misteriosa morte da soldado, bem como Samuel Jackson que era o dono da submetralhadora Taurus que ceifou a vida da jovem com 17 tiros. Ainda de acordo com o relatório, apenas o militar José Bartolomeu Ferreira da Silva não foi denunciado. No entendimento do procurador Andersson Chaves, ele atuava como motorista da viatura e não teria participação direta no crime.

Apesar da demora em apontar os responsáveis, a família continua afirmando que a morte de Izabelle tem envolvimento com o desaparecimento do jovem Davi da Silva, ocorrida poucos dias antes, ainda em 2014. “A morte da minha filha pode sim ter relações com o caso Davi”, diz o pai de Izabelle, o também militar Cláudio da Silva Santos. Segundo ele, Izabelle teria trocado mensagens por meio de uma rede social logo após tomar conhecimento que uma policial militar estava envolvida no desaparecimento de Davi. Desde então, a família acredita que a morte de Izabelle tenha sido planejada para ser uma “queima de arquivo” do caso.

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Ainda segundo os familiares da soldado, para não deixar o caso cair no esquecimento, uma carreata está sendo agendada para segunda-feira (31), com carros de som e banners pelos bairros do Prado e orla marítima da Capital.

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