Arsal, Casal e Algás se reuniram na manhã desta sexta-feira, 4, para discutir os movimentos que levaram ao acidente envolvendo a perfuração de uma tubulação de gás, que deixou um operário ferido, e travou o trânsito na Avenida Gustavo Paiva, em Mangabeiras na tarde de ontem (4). O acidente foi provocado por uma empresa terceirizada que prestava serviços à Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).
Os presidentes da Casal, Clécio Falcão, e da Algás, Arnóbio Cavalcanti, foram convocados pela Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal) a prestar esclarecimentos. Durante a reunião, ficou acordado que as concessionárias irão alinhar a base de dados sobre as linhas subterrâneas e as ordens de serviços. Esse alinhamento, até o momento, não se mostrou tão eficiente.
O presidente da Arsal, Marcus Vasconcelos, avaliou que a agência agiu em tempo hábil convocando os dois órgãos e apontando uma solução para evitar problemas como o registrado na tarde de ontem (3).
Clécio Falcão, que preside a Casal, por sua vez, disse que a companhia deverá solicitar que demais concessionários, como Eletrobrás e de telefonia também apresentem relatórios atualizados da sua rede para que a base de dados. Falcão informou, ainda, que o operário da empresa terceirizada já recebeu alta hospitalar.
Já Arnóbio Cavalcante, que preside a Algás, foi enfático ao afirmar que a consulta à base de dados é praxe e que na intervenção de ontem a empresa não consultou a Algás, o que levou à perfuração da tubulação de gás, que provocou a combustão.
Um trabalhador da Casal ficou levemente ferido, durante um incidente ocorrido, no início desta tarde, no bairro de Mangabeiras. Durante uma escavação, o equipamento perfurou a tubulação de gás que passa pela Avenida Gustavo Paiva, ocasionando o vazamento. O operador de uma das máquinas usadas na escavação, teria se queimado com o fogo que se alastrou, com o rompimento da tubulação.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros foi acionada para isolar a área e adotar as medidas emergenciais. A vítima, até o momento sem identificação, foi atendida pelos bombeiros e encaminhada ao Hospital Geral do Estado.
Izabelle Targino/Alagoas 24 horas
Felipe Guimarães -Assessor da Algás
Em entrevista ao Alagoas24Horas, o assessor de comunicação da Algás, Felipe Guimarães, alerta que não recebeu nenhuma comunicação da Casal acerca da obra em andamento no local. “Nossa equipe ficou surpresa com o vazamento porque não fomos informados sobre a realização dessa obra”, ressaltou Guimarães.
Segundo ele, o vazamento já foi controlado, no entanto, a equipe continua no local fazendo o reparo na rede. Os técnicos estão avaliando os prejuízos, mas adianta que o vazamento é mínimo e que, por enquanto, os consumidores da região não terão o fornecimento suspenso. Felipe Guimarães informa ainda que qualquer caso de vazamento ou outros problemas devem ser informados diretamente a Algás, através do telefone: 117.
Um engenheiro explicou a equipe do Alagoas24Horas que as vias de Maceió possuem uma sinalização horizontal, indicando onde há tubulação de gás. Mas no trecho onde ocorreu o vazamento essa sinalização não existia porque a calçada está deteriorada.
Susto
O proprietário de um restaurante da região conta que no momento em que a tubulação foi atingida o fogo subiu aproximadamente quatro metros. O fato assustou os clientes e muitos deles deixaram o estabelecimento correndo, sem pagar a conta.
Outras lojas e um salão de beleza também acabaram fechando as portas com medo de uma explosão. Sobre isso, o engenheiro garante que não há perigo de ocorrer.
