O Papa Francisco simplificou os procedimentos para anulação de casamentos. O pontífice decidiu que apenas uma sentença bastará para decretar a nulidade, ao invés das duas que eram exigidas até agora. Além disso, “motu propio” (carta papal) estabelece que o trâmite será gratuito para todos e mais curto para os casos mais evidentes.
O processo para conseguir um “decreto de nulidade” era criticado por ser lento, caro e demorado. Casais e sacerdotes afirmam que os procedimentos atuais desencorajam mesmo aqueles com razões legítimas para fazer uma anulação. As mudanças, anunciadas pelo Vaticano nesta terça-feira (8), são consideradas as mais profundas dos últimos séculos, segundo a agência Reuters.
O papa reafirma a “indissolubilidade do matrimônio”, mas determina que a igreja seja mais misericordiosa com os católicos em dificuldade.
Para conseguir o “decreto de nulidade” é preciso mostrar que o casamento não foi válido de acordo com a lei da Igreja por falta de alguns pré-requisitos não terem sido respeitados como a livre vontade, a maturidade psicológica e a abertura para ter filhos.
Os católicos que se divorciam e se casar novamente fora da Igreja são considerados ainda ser casado com sua primeira esposa e vivendo em um estado de pecado, o que os impede de receber sacramentos como a comunhão.
No domingo (6), o Papa Francisco pediu para que toda paróquia e comunidade religiosa na Europa receba ao menos uma família imigrante cada, em um gesto de solidariedade que, segundo ele, começará pelo próprio Vaticano.
Na terça-feira (1º), o papa anunciou que dará permissão a todos os padres para perdoar formalmente as mulheres que tiveram abortos e buscarem perdão durante o Ano Santo da Igreja Católica, que vai de dezembro de 2015 a novembro de 2016.