Por que os médicos insistem tanto para que as mulheres, após os 40 anos, façam ao menos uma mamografia por ano? Quem responde é o mastologista João Aderbal Moraes, que esta semana participou do encontro mensal do grupo Mulheres Vencedoras (Projeto Mama), abrindo a programação do Outubro Rosa na Santa Casa de Maceió.
O câncer de mama leva cerca de 6,7 anos para chegar ao tamanho de 1 mm. É o chamado período pré-mamógrafo, onde tais nódulos dificilmente são identificados pela mamografia.
Esse crescimento lento e silencioso se contrasta com o avanço rápido que ocorre na etapa seguinte (pré-clinico): a partir de 1 mm, o nódulo pode levar apenas 15 meses para alcançar 1 cm e tornar-se visível pela mamografia. A partir de então, o nódulo maligno pode duplicar rapidamente no período de três meses e seguir crescendo até a fase metastática, quando se dissemina por outros órgãos.
No encontro, as participantes perguntaram qual o melhor exame para se checar a saúde da mama. “A mamografia é, de longe, a mais precisa das opções, pondendo identificar nódulos com apenas 1 mm”, orienta o mastologista João Aderbal Moraes, lembrando que quando o nódulo é menor que 1 centímetro as chances de cura do câncer de mama chegam a 95%. No encontro, João Aderbal destacou que, como qualquer outro serviço, o paciente deve estar atento para a qualidade dos equipamentos e dos profissionais que realizam a mamografia.
Perguntado se a ultrassonografia pode substituir a mamografia, o especialista da Santa Casa de Maceió disse que o exame deve ser usado como diagnóstico de apoio à mamografia, uma vez que existe uma imensa variedade de nódulos (benígnos e malignos), de constituições, formatos e localizações diferentes que podem gerar um falso diagnóstico.
Mastologista Aderbal Moraes
