Estado mantém sigilo sobre delegado que investigará ameaças a primo de Davi

O secretário de Defesa Social não quis revelar o nome do delegado que investigará o caso.

(Foto: Milton Rodrigues / Alagoas 24 Horas)
(Foto: Milton Rodrigues / Alagoas 24 Horas)

A Secretaria de Estado de Ressocialização e Inclusão Social (Seris) deve divulgar, nessa quarta-feira (14), o nome do delegado que irá conduzir a investigação sobre as supostas ameaças de morte sofridas pelo professor universitário Magno Francisco, primo do adolescente Davi Silva, desaparecido durante uma abordagem policial, ocorrida em agosto de 2014.

Com sigilo, a reunião entre o professor e o secretário Alfredo Gaspar de Mendonça ocorrida na tarde desta terça-feira (13), na sede da Seris, no Centro, serviu para formalizar a denúncia do educador que afirma haver um plano montado por possíveis policiais para matá-lo.

De acordo com o secretário Alfredo Gaspar de Mendonça, a secretaria decide até amanhã sobre o nome do delegado que irá tomar conta do caso, bem como as diretrizes a serem tomadas. “Não posso dar detalhes da reunião, mas todos os encaminhamentos serão investigados e o processo começa agora”, afirma o secretário.

De acordo com o professor, o secretário demonstrou preocupação com a denúncia e deve avaliar ainda se ele necessitará de proteção especial ou não. “Quero dizer que, para mim, é uma situação difícil, pois durante todo esse tempo estive sem contato com os meus familiares e pessoas próximas como os amigos”, disse Magno ao confirmar que teve de deixar Alagoas por contra própria logo quando recebeu as ameaças.

A reunião contou ainda com a participação do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AL), Daniel Nunes, bem como do reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Eurico Lôbo, onde o professor ministra aulas no curso de Direito.

Relembre

Em 25 de setembro, Magno Francisco publicou um vídeo na rede social Facebook em que afirma contundentemente ter descoberto um esquema em que agentes de segurança pública pretendiam assassiná-lo. O motivo, ainda segundo o professor, seria a constante busca por informações sobre a morte do seu primo, que desapareceu após ser abordado por policiais da Radiopatrulha, no Benedito Bentes.

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