Congresso de Medicina de Família discute atenção básica da saúde

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Será realizado no auditório da UNIT, nos próximos dias 26 e 27, o II Congresso de Medicina de Família e Comunidade. O objetivo é realizar uma atualização científica com temas voltados para a Atenção Primária em Saúde – APS, além de fomentar discussões sobre a formação e os campos de atuação desses profissionais, como diz o organizador do evento, Dr. Irapuan Barros, lembrando que a Diretora da Sociedade Brasileira de Medicina de Família, Dra. Samantha França, do Rio de Janeiro, vai ministrar a palestra de abertura.

Segundo ele, Alagoas dispõe de 98 especialistas e a especialidade médica é reconhecida pelo MEC e pelo CFM, mesmo sendo relativamente nova (data de 1981). Caracteriza-se pela atenção integral à saúde e por levar em consideração a inserção do paciente na família e na comunidade. O médico de família e comunidade é, por excelência, um médico de Atenção Primária à Saúde, ou seja, deve ter um vínculo com seus pacientes antes mesmo deles adoecerem, e quando esses sentirem algo deve ser o primeiro médico a ser consultado. Dessa forma, nessa especialidade os médicos têm o desafio e fazer promoção de saúde, prevenção de doenças, diagnóstico precoce, e mesmo o tratamento de doenças que façam parte de sua capacidade clínica — na MFC não existe dicotomia entre prevenção e cura.

A visita domiciliar é parte importante da rotina do médico de família e comunidade, mas as consultas são realizadas prioritariamente no consultório médico, a não ser em contextos específicos, como o dos pacientes acamados. Outro recurso importante é o conhecimento da comunidade em que o paciente habita, o que engloba desde infraestrutura até valores culturais; esse aspecto é mais importante na Estratégia Saúde da Família (conhecido até 2005 como Programa de Saúde da Família ou PSF).

A Estratégia de Saúde da Família foi quem primeiro absorveu o MFC. Posteriormente a especialidade foi adotada também no setor privado, sendo a Caixa de Assistência aos Funcionários do Banco do Brasil (CASSI) a primeira empresa do país a implantar este modelo aos seus associados. Em consequência obteve-se redução de custos e aumento da satisfação dos clientes.

As dificuldades mais comumente enfrentadas pelos profissionais são, como explica Irapuan Barros, o desconhecimento dos gestores de saúde sobre a importância da atuação do Médico de Família, tanto no que diz respeito a diminuição dos custos em saúde (devido à maior resolutividade dos casos de doença e pelas ações preventivas que propiciam menor adoecimento da população), como também e melhoria na qualidade de vida do indivíduo e da comunidade.

Em relação ao conteúdo programado para o Congresso constam: Cuidados paliativos; Internet, redes sociais e aplicativos de celular: usando as novas ferramentas virtuais na prática diária do profissional de saúde; Atestados médicos: sua confecção e conflito entre médico assistente e médico perito; Declaração de óbito: erros mais frequentes; Conflitos éticos e responsabilidade profissional do médico de família; Residência Médica nos municípios de Alagoas; Campos de atuação do MFC: saúde suplementar, iniciativa privada, gestão e assessoria técnica; Avaliação oftalmológica; Dengue, Zica e Chicungunya; Síndrome plurimetabólica; Depressão: abordagem na atenção primária; Tabagismo: programa nacional de controle, abordagem e tratamento; LER/DORT: prevenção e orientações para profissionais; A importância do exame da cavidade oral; Feridas: avaliação e tratamento; Hanseníase: avaliação do grau de incapacidade.   A integralidade da programação está disponível no site www.aamfc.com.br

Fonte: Assessoria

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