Justiça determina implantação de ponto eletrônico no HGE

Sistema autal “causa danos irreversíveis a toda a população alagoana, em decorrência da ausência de profissionais da saúde”, diz juíza

Juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, titular da 17º Vara Cível da Capital. Foto: Caio Loureiro
O Hospital Geral do Estado (HGE) e as demais Unidades de Saúde sob gestão do Estado de Alagoas terão o prazo de 30 dias para a implantação do sistema de controle eletrônico biométrico de carga horária, para todos os servidores efetivos, terceirizados e também acadêmicos. A decisão, proferida na última quarta-feira (25), é da juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, titular da 17º Vara Cível da Capital.

A magistrada explicou que o objetivo é garantir uma prestação de serviço eficiente À sociedadade. “Para reto exercício dos serviços públicos, é necessário um meio idôneo de controle de assiduidade daqueles que os desempenham, sendo necessária a adoção de sistema eletrônico de controle de ponto”, disse.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Alagoas (MP/AL), foi realizada, em 2013, uma auditoria no hospital para avaliar causas e razões do não comparecimento de médicos aos serviços de Urgência e Emergência, tendo sido apontadas falhas de registro de frequência no HGE.

A inspeção evidenciou que o registro de comparecimento dos médicos da unidade é realizado em folhas de frequência individuais, distribuídas pelos diversos setores da instituição. Após avaliação dessas folhas, foram constatadas várias irregularidades. Segundo o MP, a “burla do cumprimento da carga-horária” é de conhecimento de todos.

Ainda segundo a juíza Lorena Carla, a falta de controle na entrada e saída desses servidores tem trazido danos para a comunidade. “O atual e falho sistema de controle de assiduidade causa danos irreversíveis a toda a população alagoana, em decorrência da ausência de profissionais da saúde que executem o devido atendimento e acompanhamento imprescindíveis à sobrevivência dos usuários do SUS”.

Em caso de descumprimento, o Estado arcará com multa diária de R$ 5.000,00, e os responsáveis poderão ser processados pelo Ministério Público, por improbidade administrativa.

Matéria referente ao processo nº 0710899-94.2014.8.02.0001

Nota Sesau

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informa que não foi notificada oficialmente sobre a decisão da juíza Lorena Carla Sotto-Mayor, titular da 17º Vara Cível da Capital. Salienta, no entanto, que, antes mesmo da decisão judicial, já adotou as medidas administrativas para implantar o ponto biométrico nas unidades de saúde mantidas pela Sesau.

Informa que este mecanismo já existe no Hemocentro de Alagoas (Hemoal), clínica infantil Dayse Brêda e no Samu Maceió. Já no HGE o registro de ponto é realizado através de relógio cartográfico.

Fonte: Ascom TJAL

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