Cooperativas de Maceió aumentam renda com reciclagem de eletrônicos

Os integrantes das cooperativas de reciclagem de Maceió estão colhendo os frutos de treinamentos e capacitações sobre a separação de sucata eletrônica ofertadas no projeto Ser+ Realizador, promovido pela Braskem em parceria com o Sebrae em Alagoas. O conhecimento sobre componentes eletrônicos e a correta extração de peças tem rendido  aumento de renda de 56% na venda destes produtos.

Antes do treinamento, os cooperados quebravam os computadores  usados e os equipamentos eletrônicos de qualquer forma e vendiam  tudo como simples peças de sucata. Após a capacitação eles conseguem identificar os componentes e fazem a correta separação dos mesmos, de acordo com diretrizes de Saúde e Segurança do Trabalho (SST). Isso permitiu que eles tivessem  o conhecimento maior do produto reciclado e  do desperdício de dinheiro que o processo anterior ocasionava. Se antes eles vendiam o material bruto por R$ 7,00 o quilo, eles aprenderam a separar, por exemplo,  as peças da placa de um computador, passando a vendê-la por R$11,00 o quilo e alguns outros componentes por até R$ 90,00 o quilo. Além das capacitações feitas em parceria com o SEBRAE, a BRASKEM fez  também a doação de kit’s de ferramentas e equipamentos específicos para esta atividade, aumentando ainda mais a segurança do trabalho realizada pelos cooperados.

“Eles tinham total desconhecimento do retorno econômico que esse material podia agregar às suas vendas. Simplesmente recebiam o produto e passavam para o atravessador. A capacitação de sucata eletrônica abriu a possibilidade de mercado para eles e uma alternativa para o comércio alagoano, no que diz respeito à reciclagem de eletrônicos”, afirmou Jobson Batista, integrante da Braskem, que se envolveu no projeto como voluntário e hoje é consultor credenciado ao Sebrae, tendo sido instrutor dessa capacitação.

Os benefícios estão sendo aproveitados pelas instituições: Cooperativa dos Catadores e Reciclagem de Lixo (Cooprel – Benedito Bentes e Serraria), Cooperativa de Recicladores de Lixo Urbano de Maceió (Cooplum) e Cooperativa de Catadores da Vila Emater (Coopvila), cujos integrantes participaram de diversas capacitações em 2015, entre elas atendimento ao cliente, reciclagem de eletrônicos e de plástico. Cada curso foi adaptado aos horários e conhecimento dos participantes, para que pudessem aprender e aplicar ao máximo os conteúdos  ministrados.

O próximo passo, segundo Jobson, é que as cooperativas passem a trabalhar em rede para conseguir acessar compradores fora de Alagoas. “Estamos mostrando a ele que se conseguirem separar os componentes das placas pelo mesmo método específico, embalar da forma apropriada e trabalhar em rede, somando volumes entre si, vão conseguir vender para compradores externos, que podem potencializar ainda mais o valor de venda em 30% ou 40%  que o comprador local”, disse o instrutor. Um exemplo dessa união é a venda das CPU’s dos computadores, que antes era feita apenas pelo preço do metal, atingindo R$ 200,00 a tonelada. Se as cooperativas trabalharem em conjunto para juntar componentes específicos em quantidade, essa soma pode atingir R$ 2.000,00 a tonelada.

Reciclagem de plástico

Outra capacitação do projeto Ser + Realizador que pode render ganhos futuros foram os dois módulos de Processos de Reciclagem do Plástico, realizados de outubro a novembro de 2015. Os membros da  Cooprel, da Cooplum e da Coopvila foram orientados  sobre a variedade dos tipos de plásticos até a influência de condições externas (calor, umidade, resfriamento) no processo de reciclagem. A correta operação do maquinário e as formas de otimização do uso de  energia elétrica no processo são outros fatores que ajudam a otimizar custos e diminuir desperdícios, permitindo não só aumento de lucros,como também   qualificar a gestão do trabalho.

“É gratificante para nós perceber os resultados expressivos que estão sendo obtidos com as ações que desenvolvemos com as cooperativas, principalmente no sentido da agregação de valor através do conhecimento. Esse é um ganho que permite não só crescimento econômico das cooperativas, mas o desenvolvimento social dessas famílias e o aprimoramento da cadeia produtiva do plástico”, pontuou Régia Melo, da área de Relações Institucionais da Braskem, responsável pelo acompanhamentos do projeto.

Fonte: Ascom/Braskem

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