CES e entidades de classe querem impedir fechamento do PAM Salgadinho

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Na primeira semana após o carnaval, o Conselho Estadual de Saúde irá se reunir com o Conselho Municipal de Saúde de Maceió, entidades de classes representantes dos enfermeiros, nutricionistas, assistentes sociais, psicólogos e dos servidores para discutir estratégias que impeçam o fechamento do PAM Salgadinho. A iniciativa foi aprovada durante reunião mensal do CES que teve o tema como uma das pautas do dia.

A decisão foi tomada após serem ouvidas as entidades e a representante da secretaria municipal de saúde de Maceió, Nadja Tenório Marinho, que não deu informações precisas sobre o que será feito para recuperar o prédio, nem prazos para a obra. Ela também foi questionada sobre a possibilidade de após a recuperação o PAM ser entregue a uma OS – Organização Social. “Não sei informar sobre essa possibilidade”, respondeu aos conselheiros. Toda a plenária lamentou a ausência do secretário municipal de saúde de Maceió, Tomaz Nonô, que mandou representante para discutir um tema tão importante como esse.

O médico Joseane Granja, representante do Conselho Regional de Medicina defensor do fechamento, explicou que a decisão foi tomada, em virtude do CREMAL ter feito a fiscalização, condenado vários blocos onde são feitos atendimentos ao público, encaminhado à prefeitura e passados 45 dias, nenhuma resposta foi dada ao Conselho. “A nós só restou pedir o fechamento do PAM, a falta de resposta ao nosso relatório nos levou a tomar uma decisão sensata diante do que vimos”, destacou ele.

Mas as outras entidade s de classe como o Conselho Regional de Psicologia, Conselho Municipal de Saúde, Conselho Regional de Enfermagem além dos Sindicatos dos Nutricionistas, dos Assistentes Sociais e SINDPREV que são contra o fechamento, destacaram que existem vários blocos com estrutura para continuar atendendo à população.

O vice-presidente do Conselho Municipal de Saúde de Maceió, Hugo Alexandre declarou que o Conselho vem denunciando há muito tempo a situação do PAM e nunca teve uma resposta satisfatória da Prefeitura de Maceió. “ Entregamos relatórios alertando sobre a situação. Várias promessas foram feitas, prazos, TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) e ficou tudo no papel”, ressalta Hugo.

A representante dos psicólogos destacou como exemplo, que não se pode simplesmente encaminhar um paciente que cria um vínculo com seu psicólogo e mandá-lo pra outro local e outro profissional. “ O atendimento a uma pessoa tem de ser feito de forma transdisciplinar, humanizado, com vínculo. Não é mercadoria para ir pra um lado e para o outro”, desabafou Laeuza Farias.

Para Débora Matos, representante dos assistentes sociais o PAM é uma referência para milhares de alagoanos atendidos todos os dias e não há como relocar esses profissionais para outros lugares com prejuízos imensuráveis aos alagoanos. “Precisamos dar a prioridade àquela unidade de saúde, o trabalho que é feito pelos profissionais altamente qualificados não pode ser ignorado e muito menos a importância dele para a comunidade”, finalizou.

O Sindprev, representado pelo diretor Cícero Lourenço lembrou que são 570 servidores que ali trabalham e não há clareza para onde todos serão relocados o que trará mais prejuízos para o serviço e a população. Carla Marinho do sindicato dos nutricionistas declarou que não há condições de trabalho em outras unidades de saúde, pois muitas delas estão em situação semelhante ao PAM.

“Nós não aceitamos uma decisão como essa que vai prejudicar milhões de alagoanos que anualmente são atendidos no PAM. Mais uma vez a população é que será penalizada. Vamos discutir e tentaremos falar diretamente com o prefeito Rui Palmeira para reverter essa situação”, concluiu o presidente do CES, José Wilton da Silva, ao encerrar a reunião.

Fonte: Ascom/CES

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