A banda Fresno, formada em Porto Alegre no ano de 1999 há muito tempo deixou de pertencer a um lugar. Crescendo junto e na mesma velocidade em que a Internet cria raízes na vida das pessoas, a banda, nascida na forma de passatempo adolescente de um inquieto grupo de estudantes da Zona Norte da Capital Gaúcha, hoje narra as histórias de mais da metade da vida não apenas de seus integrantes, mas de milhares de fãs em todos os cantos do Brasil. Fãs estes que, pela primeira vez, reuniram-se em uma grande casa de shows de São Paulo para celebrar o aniversário de uma das mais relevantes e inventivas bandas de sua geração. O show #Fresno15Anos, que virou CD e DVD lançado nacionalmente pela Sony Music em abril de 2015, mostra a evolução da banda em todas as suas facetas e nuances musicais, pontuado por hits que a banda tem acumulado desde sua primeira execução em rádio e também outro lado, mais sombrio, mais inventivo, mais art-rock e que aponta para um suntuoso futuro como banda já não mais adolescente.
A Fresno de 15 anos de carreira é uma banda que arrebata fãs que acompanham a banda desde tenra idade e que ainda consegue soar atraente para aqueles que ainda escolhem seus primeiros ídolos aspiracionais. A cada disco, mais gente entra e encorpa o que a banda chama de Maré Viva. É esse corpo disforme, de todas as cores, sotaques e classes sociais que encontra nas canções de Lucas Silveira e companhia um eco das suas próprias verdades. Por isso mesmo é que o público da banda é conhecido por, em muitas oportunidades, abafar o som da banda, tamanha a força com que cantam em uníssono. Se você vai a um show da Fresno para ouvir a banda, prepare seus ouvidos para uma Maré de mil, duas mil, cinco mil vozes, e não apenas um conjunto em cima do palco.
No show #Fresno15anos, a banda vem adornada de um intenso de catártico jogo de luzes e imagens projetadas em telões tridimensionais, avivando ainda mais o caráter épico e megalomaníaco das composições dos discos mais recentes da banda, os muito elogiados ‘Infinito’ e ‘Eu Sou A Maré Viva’. A fase embrionária da banda também se faz presente em diferentes momentos do show, em músicas como ‘Quebre as Correntes’, ‘Onde Está’ e ‘Duas Lágrimas’. Sonoridades e um ideário pós-apocalíptico e urgente aparecem em arranjos grandiosos para músicas como ‘Vida (Biografia em Ré Menor)’, ‘O Sonho do Visconde (O Resto é Nada Mais) e ‘Revanche’.
