Infarto é a 8ª causa de morbidade e mortalidade no HGE em 2015

{d01effd8-ddcf-4b41-ac4a-12dbb31db63c}_coraçãoO infarto agudo do miocárdio é a oitava causa de morbidade e mortalidade no Hospital Geral do Estado (HGE), segundo dados de 2015 disponibilizados pelo Serviço de Arquivo Médico e Estatístico (Same). Por entender que esses pacientes necessitam de cuidados emergenciais específicos, a Unidade de Dor Torácica (UDT) do HGE dispõe de uma equipe especializada para a assistência, tratamento e reabilitação dos alagoanos, mesmo que quase infartados.

O cardiologista Alex Barros dos Santos explica que o infarto é a obstrução das artérias coronárias, o que acarreta na diminuição do fluxo sanguíneo para o músculo cardíaco. “Geralmente acometem pessoas hipertensas, diabéticas, com colesterol elevado, sedentárias, fumantes e com histórico da doença na família. Pessoas com mais de 40 anos de idade também estão propensas a enfartar, apesar de hoje já recebermos pacientes com 30 anos”, disse ele.

No HGE, o usuário com suspeita de infarto é rapidamente identificado pelo médico clínico já na área azul e encaminhado para a observação na UDT. “Eles chegam com dor torácica, dispnéia, palpitações, tonturas e, algumas vezes, desmaio. Todo aquele que tiver dor torácica associada a algum fator de risco aumenta as chances do quadro ter origem cardíaca”, afirmou o médico.

Eduardo Neri tem 50 anos de idade e nunca se preocupou em conhecer a saúde de seu coração, apesar de há dois anos ele ter sentido falta de ar, cansaço, dor torácica, procurado um cardiologista, que solicitou a realização de exames, nunca feitos.

“Eu não quis fazer porque queria trabalhar, preferi tomar alguns medicamentos e assim fui levando. Sou operário, trabalho com a manutenção de estradas, o que me deixa exposto ao sol, altas temperaturas e um cansaço muscular diário. Também nunca me preocupei com minha alimentação. Alimentava-me das ‘quentinhas’ dadas pela empresa e, nos fins de semana, consumia bebida alcoólica para relaxar”, relatou Neri.

Não é difícil encontrar pacientes infartados no HGE que foram displicentes com a própria saúde. “A consequência disso está no crescente número de pacientes cardíacos internados. Aqui no hospital eles são assistidos por uma equipe multiprofissional e submetidos a vários exames, como eletrocardiograma, radiografia, enzimas cardíacas, além de medicações. Em casos graves podem receber a intervenção de angioplastia e procedimentos cirúrgicos. Vai depender do caso”, pontuou o cardiologista.

Caso o infarto não seja tratado a tempo, a doença pode evoluir para um quadro de insuficiência cardíaca, quarta causa de mortalidade e morbidade no HGE, de acordo com os mesmos dados disponibilizados pelo Same. “Além de aumentar o risco de Acidente Vascular Cerebral (AVC), o popular ‘derrame’ e causar sérios problemas renais”, alertou o médico.

Fonte: Ascom/Sesau

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