Estudantes ocupam plenário da ALE contra promulgação do “Escola Livre”

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Estudantes ligados a vários movimentos de Maceió ocuparam, por volta das 16 horas desta quinta-feira, 05, o plenário da Assembleia Legislativa de Alagoas, no Centro de Maceió. O grupo chegou ao plenário após o encerramento da sessão, que terminou mais cedo por falta de quórum.

O protesto foi a forma encontrada pelos estudantes para pedir ao presidente da Casa de Tavares Bastos, Ronaldo Medeiros (PMDB), que não promulgue o projeto, classificado pelos professores e estudantes, como “lei da mordaça”.

Os manifestantes disseram que ainda tentaram ser impedidos, mas conseguiram ocupar o plenário da Casa. Munidos de faixas e cartazes – ora entoavam palavras de ordem, ora utilizavam mordaças, fazendo alusão ao nome dado pelos professores ao projeto. Para evitar que houvesse tumulto, policiais lotados no Gabinete Militar da ALE cercaram o local e pediram reforços.

A manifestação acontece um dia após a discussão entre os parlamentares sobre a recusa do deputado Ronaldo Medeiros em promulgar a lei. Na ocasião Medeiros se posicionou contrário e disse que não queria manchar seu currículo. O Ministro da Educação, Aloízio Mercadante, também se manifestou sobre o assunto e reforçou que o “Escola Livre” é inconstitucional.

Uma comissão formada por jovens ligados à União Nacional dos Estudantes (UNE), União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES), União Juventude Socialista (UJS) e Diretório Central dos Estudantes da UNEAL se reuniram com o próprio Medeiros a fim de negociar a desocupação. O grupo disse que só deixaria o plenário caso o presidente desistisse de promulgar a lei. “Soubemos que prazo se esgota amanhã e viemos pressionar os deputados. Mas já que promulgar é um ato obrigatório, queremos que a Mesa Diretora ingresse com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIM)”, disse Dário Rosalvo, da UJS.

Izabelle TarginoDeputado Ronaldo Medeiros conversa com estudantes

Deputado Ronaldo Medeiros conversa com estudantes

O deputado Ronaldo Medeiros, por sua vez, já adiantou que nenhuma das reivindicações será atendida. O prazo para promulgar a lei se encerra amanhã. “Não é mais uma questão pessoal. Tenho obrigação de promulgar. É uma questão constitucional e regimental. Não tenho o que fazer. E sobre a ação, a Mesa não pode ir contra uma decisão do plenário”, finalizou.

Após diálogo com os deputados e com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal), o grupo decidiu deixar a Assembleia Legislativa.

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