Ifal Maceió oferta curso superior de bacharelado em Engenharia Civil

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O Instituto Federal de Alagoas – Ifal, Campus Maceió, vai ofertar para o segundo semestre letivo deste ano (2016.2) o curso superior de Bacharelado em Engenharia Civil. A instauração do curso foi aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão – Cepe, e pelo Conselho Superior – Consup e representa uma vitória para docentes, técnicos, gestores e alunos que há muito vislumbram a implantação da Engenharia Civil no Instituto.

O curso será ofertado em entradas semestrais, em turmas de 40 vagas cada uma, após ser cadastrado no portal e-Mec, que reúne informações de instituições e cursos de educação superior. A forma de ingresso para a primeira entrada aindaestá em definição e será regulamentada, podendo acontecer por meio do Sistema de Seleção Unificada – SISU, ou do vestibular tradicional.

De acordo com o projeto pedagógico do curso, o ingresso das demais turmas será possível após conclusão do Ensino Médio ou equivalente, e classificação em processo seletivo pelo SISU, com 50% das vagas destinadas a alunos oriundos da rede pública conforme edital. A seleção e classificação dos candidatos às 40 (quarenta) vagas disponibilizadas serão efetuadas com base nos resultados obtidos pelos estudantes no Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM, observados os pesos e as notas mínimas estabelecidas pelo edital da Instituição.

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Curso de engenharia Ifal

A oferta do novo curso é considerada uma conquista do Ifal e segue as diretrizes propostas no Plano de Desenvolvimento Institucional PDI-IFAL 2014-2018. O projeto pedagógico do curso destaca que “o Instituto Federal de Alagoas, comprometido com o crescimento do país, vê na oferta do Curso de Engenharia Civil, uma oportunidade de verticalização e integração dos cursos já existentes, ampliando a inclusão social e econômica dos jovens dentre as necessidades apontadas pela sociedade na perspectiva do crescimento científico e tecnológico no Estado de Alagoas”.

O curso superior de Engenharia Civil tem como objetivo principal possibilitar uma formação ao engenheiro que lhe permita desenvolver e aplicar conhecimentos e saberes inovadores, como também a leitura e interpretação de aspectos sociais, políticos, econômicos e ambientais. O projeto pedagógico do curso destaca ainda que o novo bacharelado deverá preparar engenheiros capazes de analisar a viabilidade econômica e financeira de empreendimentos na construção civil, gerenciar projetos, compreender e aplicar a ética e a responsabilidade profissional, desenvolver e utilizar novas tecnologias e inserir-se em estudos e pesquisas voltados à área.

ESTRUTURA

A nova graduação funcionará, a princípio, em duas salas de aula. As aulas para as turmas dos dois primeiros períodos do curso serão ministradas no horário da manhã (primeira turma, 2016.2) e à tarde (segunda turma, 2017.1). A terceira turma, 2017.2, será novamente ofertada pela manhã, e assim sucessivamente. A intenção da oferta de turmas em turnos intercalados é permitir aos alunos a possibilidade de “pagar” disciplinas que ficarem pendentes do semestre anterior, sem que isso prejudique o decorrer da graduação. O curso terá a duração mínima de cinco anos e máxima de dez anos, com carga horária total de 3.995horas/aula.

Os dois primeiros anos de Engenharia são puramente teóricos. Inicialmente, os alunos não terão vivências práticas em laboratórios, que só serão utilizados posteriormente, já na segunda metade da graduação. Os laboratórios atualmenteutilizados para os cursos técnicos de Edificações e Estradas e para o curso tecnológico de Construção de Edifícios serão aprimorados para as aulas práticas das disciplinas de Engenharia Civil, além de laboratórios de química e matemática, disponíveis no Campus Maceió.

As aulas práticas serão ofertadas no Laboratório de Materiais e Estruturas, laboratório de Mecânica dos Solos, laboratório de Hidrossanitária, laboratório de Pavimentação, laboratório de Topografia, além dos laboratórios de Informática, Desenho, Segurança do Trabalho, Química, Física, Instalações Elétricas e Eletricidade, e Eletroanalítica.

 

A Biblioteca Benevides Monte, do campus Maceió, também terá acervo disponível aos alunos de Engenharia. A política de aquisição, expansão e atualização do acervo da biblioteca, a partir das sugestões dos professores e análise dos Bibliotecários do Ifal, também está contemplada no projeto da Engenharia Civil.

DISCIPLINAS

Segundo o professor Walter Vianna Junior, coordenador do atual curso superiortecnológico de Construção de Edifícios e um dos docentes envolvidos no projeto pedagógico, “o bacharelado em Engenharia Civil não é um curso fácil de se levar até o final, pois exige do candidato um conhecimento prévio e consistente de ciências exatas como física, química e matemática.” O professor recomenda que ao longo do curso os alunos busquem recuperar e fortalecer o “background” de matérias anteriores, consideradas pré-requisitos para as disciplinas deEngenharia.

Walter Vianna informa ainda que, com a implantação do bacharelado em Engenharia Civil, o curso tecnológico de Construção de Edifícios, que em 2008 foi adaptado ao catálogo do MEC e padronizado de acordo com as normas aplicáveis aos cursos tecnológicos, será extinto. “No entanto, quem já cursou Construção de Edifícios poderá aproveitar disciplinas, caso ingresse no curso de Engenharia”, destaca o professor.

Neste caso, o egresso do tecnológico fará o SISU para entrar no bacharelado, “adiantando” a graduação por meio do aproveitamento das matérias já estudadas. Os demais alunos terão até seis anos para concluir o tecnológico em Construção de Edifícios.

PERSPECTIVA

Os docentes responsáveis pela elaboração do projeto pedagógico aprovado para o curso de Engenharia Civil acreditam que o novo bacharelado ofertado pelo Ifaltem o perfil mais ligado à prática da profissão: a matriz curricular e o formato do curso são voltados à formação do engenheiro mais ligado às rotinas da profissão, ao contrário do perfil acadêmico, mais voltado à pesquisa e à docência.

Há, ainda, com a instauração deste curso, a expectativa de redução nos índices de evasão estudantil, já que, ao contrário do curso tecnológico, os alunos do bacharelado geralmente ingressam na graduação focados em concluí-la. Ao contrário do que acontece no tecnológico de Construção de Edifícios, no qual é comum encontrar estudantes que apenas cursem algumas disciplinas consideradas pré-requisitos, aproveitando-as posteriormente em um curso superior de engenharia civil em outra instituição, “adiantando”, assim, o bacharelado, e “abandonando” o curso tecnológico.

Fonte: IFAL

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