Após exames, vítima de estupro coletivo toma coquetel de medicamentos

Um suspeito já foi identificado pelos policiais.

A jovem de 16 anos que foi violentada por, pelo menos, 30 homens, em uma comunidade da Zona Oeste do Rio de Janeiro passou por exames de corpo de delito no Instituto Médico-Legal, no Centro do Rio, e foi levada para o Hospital Souza Aguiar onde passou por exames e tomou um coquetel de medicamentos para evitar a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis. O crime teria acontecido no último sábado (21).

Segundo a avó da adolescente, ela teria sofrido um apagão durante os abusos. “O vídeo é chocante, eu assisti. Ela está completamente desligada”, diz a avó. “Ela tem umas coleguinhas lá, mas nessa hora nenhuma apareceu”, disse a avó da adolescente em entrevista à rádio CBN, após saber que a neta pode ter sido violentada por cerca de 30 homens. De acordo com a avó, a garota foi localizada por um agente comunitário e levada para casa.

De acordo com a avó da menina, ela costuma ir para comunidades desde os 13 anos e, às vezes, passa alguns dias sem dar notícias. Ainda segundo a avó, a garota é usuária de drogas há cerca de quatro anos. No entanto, segundo ela, nunca recebeu notícias de que a neta tenha sido vítima de outros abusos. A jovem é mãe de um menino de 3 anos.

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) informou que ela já prestou depoimento sobre o crime. Dois homens que postaram imagens da adolescente nua e desacordada em uma cama foram identificados, mas não tiveram os nomes divulgados para não atrapalhar as investigações. Um suspeito de praticar o crime também já foi identificado pela Polícia Civil.

O Delegado Alessandro Thies, responsável pelas investigações, pede ao cidadão que tenha qualquer informação que possa auxiliar na identificação dos autores que entre em contato através do endereço de e-mail: alessandrothiers@pcivil.rj.gov.br.

Os policiais também estão investigando alguns dos comentários postados sobre a situação da jovem.

Jovem postou foto da vítima e ironizou o suposto estupro (Foto: Reprodução)
Jovem postou foto da vítima e ironizou o suposto estupro (Foto: Reprodução)

MP apura
Uma pessoa foi ao Ministério Público do RJ e fez uma denúncia anônima à ouvidoria. Ela levou o vídeo e fez prints das redes sociais que relatam o ocorrido. Além disso, até o momento, cerca de 800 comunicações chegaram à ouvidoria.

O material foi encaminhado à 23ª Promotoria de Investigação Penal do MPRJ, porque esta promotoria que trabalha junto à Delegacia Anti-Sequestro (DAS). O MPRJ informou que está investigando o caso da jovem que aparece desacordada em um vídeo após supostamente ter sido estuprada.

O Ministério Público pediu ainda que a partir de agora só sejam encaminhadas à ouvidoria denúncias que acrescentem novas informações à investigação, tais como identificação de envolvidos, endereços ou novas provas do fato.

O MP também aproveitou para alertar sobre as consequências de se compartilhar vídeos ou fotos íntimas de pessoas. A conduta é ainda mais grave em se tratando de um evento criminoso. A divulgação dessas imagens configura crime previsto no Código Penal Brasileiro.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal do Rio de Janeiro (CDDH) divulgou nota sobre o assunto e afirmou que exige rapidez na apuração, identificação dos responsáveis e punição dos envolvidos no crime. “Trata-se de um ato de barbárie e covardia”, afirmou o vereador Jefferson Moura, presidente da comissão.

Fonte: G1

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