Mauricio Macri tomou posse como presidente da Argentina em dezembro
O governo argentino interveio nesta segunda-feira na federação nacional de futebol em uma medida que pode acarretar em sérias consequências para o esporte local. Entre as consequências estão a possível retirada da seleção de Lionel Messi da Copa América Centenário, que será disputada a partir de 3 de junho, nos Estados Unidos.
A Inspeção Geral de Justiça (IGJ), entidade independente e estatal da justiça argentina, enviou documentos à AFA – Associação de Futebol Argentina – adiando as eleições da federação, que aconteceriam em 30 de junho, em 90 dias, com possibilidades de prorrogação por mais 90.
Além disso, nomeou duas pessoas com poder de decisão na AFA. O motivo da medida são recentes irregularidades denunciadas contra cartolas do país e a crise insitucional e econômica da federação. Por enquanto, os atuais mandatários seguem em seus cargos. Adiante, porém, uma comissão normalizadora poderia assumir as rédeas, informa o jornal “Clarín.”
Uma reunião no início da noite desta terça-feira determinará qual será a influência dos interventores. Em entrevista à rádio La Red, o secretario administrativo da AFA, Damián Dupelliet, afirmou que nesta terça também será decidido “Se a seleção volta dos Estados Unidos e se suspendem-se todas as atividades.”
O abandono da equipe de Lionel Messi acarretaria em uma multa de US$ 5 milhões, mais um valor adicional por danos, e na exclusão da equipe das duas próximas edições do campeonato.
Segundo o jornal “Olé”, não está descartada nem mesmo a saída do Boca Juniors das semifinais da Copa Libertadores. O presidente argentino, Maurício Macri, já estaria em contato há algum tempo com o presidente da Fifa, Gianni Infantino, a respeito das medidas agora tomadas. A intenção seria impedir a chegada do líder sindical e mandatário do Independiente Huho Moyano à presidência da AFA.
