Seis anos depois: Moradores ribeirinhos relembram momentos da cheia que arrasou cidades

O dia 18 de junho de 2010 ficou para sempre na memória de muitos depois que os afluentes dos rios da bacia do Mundaú e Paraíba do Meio transbordaram e devastaram os povoamentos que se encontravam as margens.

“É um dia de muita tristeza que não gosto nem de me lembrar. É um sofrimento enorme que carrego na minha mente e nem nos anos futuros conseguirei esquecer das horas que passei em cima de uma jaqueira lutando com outras pessoas para não morrer”, rememorou a artesã Irineia.

Almayr Medeiros/Alagoas24Horas/Arquivo1

A artesã é moradora da comunidade Muquém, em União dos Palmares, zona da mata alagoana. Ela e outras 30 pessoas passaram a noite do dia 18 em cima de um pé de jaqueira.

A enchente devastou localidades que se encontravam as margens dos rios Mundaú e Paraíba do Meio entre os estados de Alagoas e Pernambuco, um total de 29 municípios, com um saldo de aproximados 80 mil desabrigados e 50 mortes.

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A cidade que foi mais atingida e teve o centro de produção devastado foi a cidade da zona da mata alagoana Branquinha. Ela teve que refazer o Centro da cidade em uma parte alta que antes era canavial.

As vítimas passaram anos morando em cidades de lonas e muitas ainda esperam receber as moradias destinadas às vítimas que perderam tudo e que não podem voltar para as margens do rio.

 

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