Reajuste do Bolsa Família irá injetar mais de R$ 8 milhões em Alagoas

João Urtiga / Alagoas 24 HorasDSC_6891

O ministro do Desenvolvimento Social Agrário, Osmar Terra, em visita a Maceió na manhã desta quarta-feira (27), no Palácio República dos Palmares, afirmou que o reajuste de 12% do Bolsa Família irá injetar R$ 8 milhões a mais somente para Alagoas. De acordo com o ministro, o reajuste já está sendo pago e é proveniente de um remanejamento interno feito pelo governo interino do presidente Michel Temer.

O aumento é cerca de 3% maior do que o anunciado pela presidente Dilma Rousseff, em 1º de maio, e que seria concedido ainda este ano. Com o afastamento ocasionado pelas investigações do impeachment, o aumento não passou de um anúncio, mas que ainda assim recebeu duras críticas da Câmara Federal, principalmente do antigo presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), que chegou a taxar que o aumento “seria de uma grande irresponsabilidade fiscal”.

“Eu não acho que seja uma irresponsabilidade fiscal, tenho uma opinião diferente, o que não pode é deixar uma pessoa recebendo de um programa que é para mantê-la alimentada e ela não poder mais se alimentar. Essas pessoas não estavam conseguindo colocar comida na mesa. Foram dois anos sem reajuste e, vamos combinar, quer fazer um discurso do social mas deixa as pessoas cada vez perderem o poder aquisitivo?”, retruca o ministro.

Ainda segundo o ministro, a popular cesta básica sofreu um aumento de custo de quase 26% e que não acompanhou o aumento individual da renda de pessoas assistidas pelo Bolsa Família. “Quando o presidente Michel Temer me convidou, ele disse com todas as letras que a área social não teria cortes e seria prioridade. A área não é responsável pela crise, o país quebrou pela corrupção e por questões de financiamento. O reajuste foi dentro do orçamento que nós tínhamos e não houve incremento, houve apenas um remanejamento”, avalia o ministro.

Até a próxima sexta-feira (29) serão pagos todos os lotes que já incluem o reajuste. O aumento prevê ainda um reajuste da linha de extrema pobreza que sobe de R$ 77 para R$ 85, e da linha de pobreza de R$ 154 para R$ 170.

Apesar disso, uma série de novas regras serão aplicadas, como por exemplo, a não desativação do cartão do Bolsa Família mesmo quando o beneficiado consegue um emprego com carteira assinada. O objetivo é que, caso ele venha a perdê-lo, a conta passa a ser reativada. O mesmo ocorre com as pessoas que trabalham formalmente, sem a carteira assinada. “Essas vão continuar ganhando o benefício mesmo tendo um emprego informal, por exemplo. Vamos oferecer ainda um prêmio para os municípios que mais conseguirem emancipar famílias no programa”, garante o ministro.

As mudanças na regra, ainda segundo o ministro, vão estimular maior geração de emprego e renda além de garantir projeção aos prefeitos.

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