Celso Luiz é alvo de ação do MP e PF; polícia cumpre 13 mandados em Canapi

Alagoas24horas/ArquivoCelso Luiz e o advogado Fábio Ferrario conversam na PF

Prefeito Celso Luiz, em outro momento que compareceu à PF

O prefeito de Canapi, Celso Luiz, e sua administração são alvos de uma operação desencadeada na manhã desta sexta (29) pela Polícia Federal e Ministério Público Estadual. A operação, denominada Triângulo das Bermudas, investiga uma organização criminosa acusada de lesar os cofres em R$ 10 milhões, a partir do desvio de recursos de verbas do Fundef, em apenas 13 meses.

Os mandados expedidos pelo TRF da 5ª Região estão sendo cumpridos nas cidades de Maceió, Canapi e Mata Grande. São 13 mandados de busca e apreensão, além de dois de condução coercitiva. Cinco servidores também foram denunciados. Todas eles são acusados de desviar dinheiro dos cofres da Prefeitura por meio de transferências ilegais realizadas para contas de pessoas físicas que jamais prestaram serviços ao Poder Executivo.

Há, ainda, indícios de fraudes envolvendo a aquisição de fraldas descartáveis, merenda escolar, transporte escolar e o não repasse do dinheiro descontado a título de empréstimo consignado de professores remunerados com recursos do FUNDEB.

Os envolvidos estão sendo indiciados pelos crimes de associação criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e fraude a licitações, previstos nos arts. 288 e 312 do Código Penal, no art. 1º da Lei 9.613/98 e nos arts. 89 e 90 da Lei nº 8.666/93. Se condenados, as penas podem chegar a até 34 anos de reclusão.

O nome da operação é uma alusão aos municípios de Canapi, Inhapi e Mata Grande, que formam um triângulo no mapa do Estado e sofrem influência do grupo político investigado.

Alvos

A ação cautelar foi proposta contra o prefeito Celso Luiz Tenório Brandão; Carlos Alberto dos Anjos Silva, secretário Municipal de Finanças; Jorge Valença Alves Neto, secretário de Assuntos Estratégicos; Chaplin Iachdneh Varejão Pascoal de Oliveira, chefe de Divisão de Execução Orçamentária da Prefeitura de Canapi; Francisco Barbosa da Silva, controlador Interno; e Lucileide Canuto dos Anjos Silva, servidora pública municipal. Ela foi ajuizada por Cláudio José Moreira Teles, promotor de Justiça de Mata Grande e José Carlos Castro, Napoleão Amaral Franco, Anderson Cláudio de Almeida Barbosa e Karla Padilha Rebelo Marques, promotores de Justiça do Núcleo de Defesa do Patrimônio Público.

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