Nadadores americanos Gunnar Bentz e Jack Conger chegam para depor
Os nadadores americanos Gunnar Bentz e Jack Conger chegaram, no início da tarde desta quinte-feira (18), à Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), no Leblon, Zona Sul do Rio, para prestar depoimento sobre a investigação o assalto relatado pelos colegas de time Ryan Lochte e James Feigen, na madrugada do último domingo (14).
A polícia já descartou que o quarteto tenha sofrido um roubo e informou que ele se envolveram em uma confusão em um posto de gasolina.
Bentz e Conger embarcariam de volta para os Estados Unidos na noite de quarta-feira (17), mas foram retirados do avião devido à ordem judicial de apreender os passaportes dos quatro atletas e proibi-los de deixar o Brasil até que o caso seja esclarecido.
Lochte embarcou para seu país na segunda-feira (15), enquanto James Feigen, que já deixou a Vila dos Atletas, permanece no Brasil.
Feigen e Lochte já foram ouvidos pela polícia, mas as contradições encontradas nos depoimentos despertaram nos policiais a suspeita de que os nadadores possam ter realizado uma falsa comunicação de crime.
Ambos terão que prestar novos esclarecimentos à polícia, que já encontrou elementos comprovando que a história contada pelos atletas pode ter sido inventada.
Um vídeo de câmeras de segurança obtido pela Polícia Civil mostra que os americanos se envolveram em uma confusão após o táxi em que estavam parar em um posto de gasolina na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca. Nas imagens, os nadadores aparecem saindo do banheiro, onde teriam feito as depredações e, em seguida, sendo impedidos de deixar o local pelos seguranças do posto.
Em entrevista ao RJTV nesta quinta-feira, o chefe de Polícia Civil, delegado Fernando Veloso, declarou que os atletas devem desculpas aos cariocas. “A única verdade que eles contaram é que eles estavam bêbados”, disse Veloso.
A confirmação de que não houve assalto foi divulgada após o depoimento dos seguranças do posto de gasolina. Eles contaram à polícia que, no domingo (14), às 6h, o taxista parou no posto com quatro homens no carro. Ele reconheceu o nadador Ryan Lochte como um dos atletas que estavam no veículo.
Ele relatou ainda que foi chamado pelo gerente para conter uma confusão nos fundos do posto, e que quando chegou ao banheiro encontrou a saboneteira, a papeleira, a placa informativa e a porta danificadas. Em seguida, os nadadores se dirigiram ao táxi, mas o taxista obedeceu a ordem do segurança para aguardar a chegada da polícia, que foi acionada.
Ainda de acordo com o segurança, os nadadores se mostraram agressivos, alterados e claramente bêbados. E nesse momento, ele apresentou o distintivo. Dois atletas foram para a rua, seguindo o fluxo dos veículos. O segurança teria apontado, então, a arma para impedir que eles deixassem o local.
Depoimento de seguranças foi fundamental para polícia concluir que não houve assalto
Na ocasião, uma pessoa teria chegado ao posto e ajudado a comunicação entre os seguranças e os nadadores, em inglês. Os americanos teriam oferecido 20 dólares e 100 reais para pagar os danos do banheiro e foram embora. Até 7h, a PM não havia chegado ao posto.
A Polícia Militar disse que foi chamada, esteve no local e registrou o boletim de ocorrência. A PM afirmou ainda que, quando os policiais chegaram ao posto de gasolina, a situação estava resolvida.
