Artesãs de Maceió buscam excelência para o bordado filé

Wesley Menegaripontal-da-Barra_-crédito-Wesley-Menegari

Reconhecido com certificado de proteção comercial fornecido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), o filé produzido por artesãs das regiões das lagoas Mundaú e Manguaba deve se tornar produto artesanal de primeira linha em Alagoas. Para tanto, representantes do Instituto do Filé viajam para Santa Catarina, nos dias 29 e 30 de agosto, para conhecerem de perto todo o processo de fabricação das linhas utilizadas na confecção das peças artesanais. Elas buscam imprimir conceitos de excelência máxima em suas criações e para isso contam com apoio da Prefeitura de Maceió e do Sebrae Alagoas.

As artesãs devem visitar, durante dois dias, à fábrica Círculo S.A, localizada na cidade de Gaspar, em Santa Catarina. Lá, o grupo conhecerá todo o processo de fabricação das linhas. Por outro aspecto, a própria fábrica também irá conhecer todo o processo de produção das artesãs, resultando numa troca de conhecimentos e consequentemente melhor qualidade para o filé produzido na região lagunar de Maceió.

A comitiva alagoana é formada pela presidente do Instituto do Bordado Filé, Petrúcia Lopes, as também artesãs Lucineide Ramos e Rosiene Ramos, além das representantes do Sebrae Marta Melo e Vanessa Fagá e da assessora especial da Fundação Municipal de Ação Cultural (Fmac), Vania Amorim. “Essa missão está sendo viabilizada com a cooperação da embaixada da Áustria no Brasil, a Confederação Nacional da Indústria, o consulado da Áustria em Blumenau, a Círculo S.A, a empresa Linhas Aéreas Azul, o Sebrae Alagoas, o Instituto Bordado do Filé e a Prefeitura de Maceió”, informa Vania.

Na pauta de atividades das filezeiras consta demonstração de todo o processo produtivo do filé, incluindo a fabricação de peças com linhas finas, o tensionamento da rede de tear e a utilização de verniz acrílico sobre o bordado pronto. Já os representantes da fábrica de linhas, entre outras questões, devem fornecer dados para composição e rastreabilidade da linha de algodão e dos corantes utilizados, além de realizar testes de tensionamento e buscar meios para ampliar a cartela de cores das linhas, notadamente em tons de verde, os mais escassos, segundo as artesãs.

As ações, conforme a comitiva de artesãs, devem resultar ainda em convênio de cooperação técnica entre o Instituto do Bordado Filé, a empresa Círculo, o Sebrae e os demais parceiros.

O filé produzido pelas artesãs da região lagunar de Maceió, conquistou certificado do INPI após sete anos de trabalhos em busca do reconhecimento como proteção comercial.

Um dos pontos onde as peças produzidas pelas artesãs podem ser encontradas é no bairro do Pontal da Barra, localidade que faz parte do roteiro turístico da capital alagoana. Com características próprias, que incluem vários pontos para a sua fabricação, as peças de filé certificadas também são reconhecidas pelo colorido destacado em produtos de vestimentas e utilitários.

Fonte: Secom Maceió

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