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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

300.635 mortes violentas no Brasil de 2013 a 2017 – Um País em GUERRA

Foram 50.806 vítimas de homicídios no Brasil em 2013.

Taxa de homicídios no Brasil em 2014, foram 59.627 mortes.

58.383 mortes violentas no Brasil em 2015.

Brasil registrou 61.619 mortes violentas em 2016.

O Brasil teve, em 2017, o maior número de mortes violentas do mundo, foram 70,2 mil mortes violentas.

300.635 mortes violentas no Brasil de 2013 a 2017

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Em números absolutos, nenhum país mata mais do que o Brasil. Se levarmos em consideração o número de homicídios em relação à população total, estamos em 9º lugar no mundo – à frente de todos os países da África e do Oriente Médio.

O relatório anual da Organização Mundial de Saúde (OMS) divulga os dados de violência de todas as nações representadas na ONU.

Segundo o levantamento da entidade, em termos proporcionais, no Brasil são assassinadas 30,5 pessoas a cada 100 mil habitantes.

Em termos financeiros, o impacto também é enorme na economia brasileira: a cada ano, a violência custa 6,08% do PIB do país – cerca de R$ 215 bilhões considerando-se o orçamento de 2017 – de acordo com o levantamento “Causas e conseqüências do crime no Brasil”.

Há um perfil bem definido da população que mais morre aqui.

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Mais da metade das vítimas é homem de 15 a 29 anos, e 77% deles são negros, segundo informações do Mapa da Violência.

Isso significa que todos os dias, 63 jovens negros são assassinados no país.

O risco é maior nas grandes cidades do Norte e do Nordeste.

ONG Conselho Cidadão para Segurança Pública e Justiça Penal divulgou o ranking com as 50 cidades mais violentas do mundo.

E mais uma vez o Brasil é destaque negativo: 19 destas cidades são brasileiras, sendo 11 no Nordeste, três no Norte, duas no Sudeste, duas no Centro-Oeste e uma no Sul.

Não é nenhuma coincidência que a maior concentração de homicídios esteja nos países onde o tráfico de drogas tem mais poder. A América Latina toda padece da presença de grandes cartéis e gangues baseadas no narcotráfico e, claro, o Brasil segue a mesma lógica.

sept2008

A Narcoeconomia é das mais rentáveis que o Homem já criou.

A cada etapa do ciclo da droga – cultivo de insumos, primeiro entreposto, enriquecimento e distribuição final, em termos gerais – pode-se chegar a uma margem de lucro de até 5.000%.

O dinheiro fácil cruzado com a falta de oportunidades abre um leque de portas para que jovens entrem neste perigoso negócio.

O ciclo de violência que se inicia no crime organizado corrompe toda a sociedade.

A cultura de pouca, ou nenhuma, valorização à vida se generaliza, e as pessoas passam a matar por nada.

De acordo com o Atlas da Violência, os dados de 2017 contabilizam que, de acordo com a respectiva região do Brasil, os percentuais de mortes por motivo fútil variam entre 25% e 80%.

Além de ser o país que mais mata no mundo, o Brasil é o país que mais mata por arma de fogo também: corresponde a 70% dos assassinatos.

Os índices nos mostram que a promulgação de leis não reduz a criminalidade.

A criação de presídios, sem uma estrutura adequada, não proporciona a ressocialização dos presos.

A Constituição Federal, nos artigos 5º, 6º e 144, prevêem que o Estado tem o dever de garantir a segurança pública.

Contudo, não devemos esperar uma solução somente por parte do Poder Público.

Temos também que participar desse processo de mudança, afinal, a segurança pública é um dever do Estado, mas também um direito e responsabilidade de cada cidadão.

Todos nós podemos sugerir projetos de intervenção, sejam relacionados à segurança pública, como também à saúde, à educação, ao lazer, dentre outros.

Os professores têm papel fundamental nesse processo de transformação, incentivando a criatividade dos alunos, colhendo deles idéias que podem auxiliar na melhoria dos problemas da sociedade.

As empresas também podem contribuir para o desenvolvimento social, por exemplo, com a criação e desenvolvimento de centros profissionalizantes e de tratamento de dependentes químicos.

A presente análise visa a instigar a população alagoana a participar desse processo de mudança que tanto precisamos, e mostrar que todos nós somos responsáveis pela situação que hoje se encontra o nosso país, para que possamos no futuro viver numa sociedade melhor.

 

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