Bispo Filho
Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.
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Apesar de estar cada vez mais perto, e mais acessível, o pensamento de que a droga não chegará a nossos lares, ainda persiste.
Ninguém a espera, e muito menos tem preparo para lidar com essa situação. No entanto, ela chega, se instala e desequilibra todo o sistema familiar.
O desespero da família começa assim que se constata o uso de drogas. E vale ressaltar, que quando finalmente a situação é revelada, “A casa cai”, provavelmente o uso já vem acontecendo a muito tempo, não é recente.
A chegada dessa intrusa começa então a mexer com todos da casa.
Começam os medos, a procura pelos culpados, a vergonha, a vida de todos começa a mudar. A rotina é alterada, e os dedos são apontados uns para os outros, com o intuito de descobrir a causa do que aconteceu, tornam-se reféns emocionais, e alimentam um ciclo progressivo de adoecimento e dor.
Ocorre uma tentativa frustrada, de controlar a situação e então surge a pergunta:
O que fazer?
Tendo passado o desespero inicial, é hora de olhar para frente e buscar socorro.
Mas onde?
Existe ajuda?
São tantos conselhos e informações desencontradas, surgem os pseudoespecialistas, com receitas prontas sobre aquilo, que não conhecem.
Mas sim, há uma saída, existem alternativas para reverter esse quadro. Para isso, é preciso buscar profissionais especializados na área, os de verdade, que possam avaliar cada caso com a responsabilidade, competência e respeito merecidos.
Depois de avaliado o caso, é definida a melhor forma de tratamento, pois são várias as estratégias para modificar o quadro.
Nesse momento, a família é apresentada aos grupos de mútua ajuda para seu familiar e, também para ela própria, onde ocorre mais uma descoberta: A de que os que convivem com o usuário, necessitam de ajuda, pois encontram-se igualmente adoecidos.
Além dessas fontes de ajuda, também dispomos atualmente de literaturas confiáveis, que auxiliam na informação sobre a doença da dependência química, e o adoecimento da família chamado de codependência.
Reunindo estas informações, e se permitindo fazer as mudanças sugeridas, a família vai novamente voltando a respirar e compreendendo que nem tudo está perdido, que é possível resgatar sua qualidade de vida e a sanidade.
Não há garantias nem fórmulas mágicas, o que há é um esforço diário de todos, e a certeza de que não se está sozinho, que é possível!
Texto: JOELMA NUNES DELLA JUSTINA
Psicóloga CRP 15/2523
Doutoranda em Psicologia Social