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Alagoas se livra do trabalho escravo

Uma boa surpresa para os alagoanos, infelizmente, está sob censura oficial.

Alagoas parece ter se livrado de uma vergonha, a do trabalho escravo.

Saiu, graças a uma liminar da Justiça, a mais recente “lista suja nacional” dos estabelecimentos flagrados submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão.

A lista abrange a fiscalização do Ministério do Trabalho no período de dezembro de 2014 a dezembro de 2016.

São 250 empresas e pessoas físicas listadas. Nenhuma é de Alagoas.

O Pará continua sendo o líder no trabalho escravo. Até estados ditos civilizadíssimos – e que costumam destilar preconceito contra o “atraso nordestino” –, como São Paulo, Santa Catarina e Paraná (terra do juiz Moro), aparecem com vários nomes na lista da escravidão. E Alagoas sai limpo, pelo menos por enquanto.

Censura

A “lista suja” do trabalho escravo era divulgada semestralmente pelo Ministério do Trabalho desde 2003 – foi uma das novidades no início do governo Lula.

A divulgação e as denúncias eram muito importantes. Resultaram em elogios ao Brasil na ONU e na Organização Internacional do Trabalho (OIT), e em boicote mundial a empresas que exploravam a degradação humana.

Em 2014, porém, o Supremo Tribunal Federal, atendendo a uma petição de incorporadoras imobiliárias, suspendeu a divulgação “para não prejudicar empregadores”.

Em maio de 2016, a presidente do STF, Carmen Lúcia, liberou a divulgação. Mas, já no governo Temer, o ministério, por conta própria, manteve a censura. É mais um retrocesso que atrai repulsa internacional para o Brasil.

A lista atual só se tornou acessível por liminar da Justiça, com base na Lei de Acesso à Informação.

Link para baixar a lista: https://conteudo.imguol.com.br/blogs/61/files/2017/03/Lista-de-Transpar%C3%AAncia_-dez2014-2016.pdf

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