Bispo Filho
Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.
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O tema da banalidade do mal aparece nas análises teóricas e existenciais da pensadora Hannah Arendt. Para a filósofa, o totalitarismo pode promover e instaurar tanto a banalização do mal – a violência generalizada, a difusão e disseminação do terror –, quanto o mal radical, a face mais perversa, cruel, sádica da violência e do sofrimento.
Hannah Arendt, com o conceito banalidade do mal, procura traduzir e expressar uma situação na qual a crueldade e violência assumem e tomam o cotidiano da existência. A banalidade do mal se torna realidade quando a perversidade passa a se constituir como algo comum e costumeiro, que deixa de causar estranhamento. A violência passa a fazer parte do cotidiano de maneira tão intensa que não produz espanto algum. O mal se torna banal quando os homens passam a agir sem raciocinar, perdendo o horizonte das conseqüências e do significado das ações de violência extrema.
Casos recentes da banalização do mal
O atirador de Las Vegas
Stephen Paddock, o atirador que matou 58 pessoas e feriu mais de 500 em Las Vegas antes de se suicidar na segunda-feira (2), morava em uma casa próxima a um campo de golfe em condomínio que só aceita pessoas com mais de 55 anos e era, segundo o irmão Eric Paddock, “um cara bem de vida que gostava de jogar vídeo pôquer e de viajar em cruzeiros”.
O vigia da creche em Minas Gerais
O problema listado acima mostra que o problema não é só deles. É nosso também. Tirando que os direitos humanos são completamente violados para esses homens que estão expostos ao léu.
É chegado o tempo em que devemos nos unir para resolver o problema. Ou pelo menos amenizar.
Afinal, como diria o cantor Gabriel Pensador, em sua música ‘Até Quando?’:
“Não adianta olhar pro chão, virar a cara pra não ver.
Levanta aí que você tem muito protesto pra fazer e muita greve, você pode, você deve, pode crer.
Até quando você vai levando?
Até quando vai ficar sem fazer nada?”
E você? O que acha poder fazer hoje para ajudar no problema?
A justiça revela-se como condição imprescindível para a paz. O assassinato incólume de indivíduos – milhares de jovens pobres, que vivem em condições subalternizadas nas periferias de grandes centros urbanos – clama por justiça, exige reparação. A violência gera, produz um duplo mal, tanto para as vítimas quanto para o agressor. Depreende-se que o agente da violência tem as possibilidades de sua humanidade suprimidas; a demência toma corpo, o benefício de discernir ausenta-se; o ser humano encontra-se em risco, quando exposto a toda má sorte e barbárie. É imprescindível que se resgate ainda a dignidade dos agressores, afastados, privados da condição de humanidade, apartados do sentimento de pertença e vínculo sociais. Apenas mediante o resgate da elevada ética do amor, fazendo emergir uma nova humanidade, a romper com a dinâmica do desejo mimético, e a instauração da plena justiça abrirá perspectivas capazes de conter, suplantar a livre fruição da violência, a conduzir à ruína da civilização.
Um mundo melhor começa com um “eu” melhor.
Nenhuma mudança verdadeira acontece de fora para dentro, mas de dentro para fora.
Quer um mundo melhor?
Seja uma pessoa melhor.
Mas que devo acrescentar em mim para mudar o mundo?
A resposta é simples: Amor!
Quer mudar o mundo?
Mude a maneira como você lida com as pessoas.
Fiz esse texto para nossa reflexão como cidadão e cidadã