Marcos Filipe é jornalista formado pela Universidade Federal de Alagoas e viciado em tudo o que envolve Mídias Sociais, Cinema, Televisão, Música, Literatura e Eventos. Um Geek de carteirinha, ligado em desenho animado e games. Desde 2010 escreve sobre esses assuntos se alimentando todos os dias da mais pura Cultura Pop.
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Banda do Mar e Pitty: Da brisa da praia ao suor de uma multidão
No último final de semana a capital alagoana foi agraciada com dois grandes shows. No Baile na Cidade, realizado no Espaço Jaraguá, o trio formado por Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred cantaram para uma nova geração que procura a simplicidade nas coisas da vida. O grupo não se atrasou um minuto e conquistou até...
No último final de semana a capital alagoana foi agraciada com dois grandes shows. No Baile na Cidade, realizado no Espaço Jaraguá, o trio formado por Marcelo Camelo, Mallu Magalhães e Fred cantaram para uma nova geração que procura a simplicidade nas coisas da vida.
O grupo não se atrasou um minuto e conquistou até os que não conheciam o seu trabalho. Entre a plateia estavam jovens e adultos, num verdadeiro encontro de gerações.
Incrível como uma energia positiva fluiu bem entre os fãs em cada canção. Rodas de amigos eram formadas e passos sem compromisso e livres de qualquer crítica surgiam nas canções mais agitadas.
Para os saudosistas, Camelo cantou “Ana Julia” e reviveu a grande era dos Los Hermanos. A cada reação do público, Malu abria um sorriso e uma risada de menina, o que arrancava mais suspiros. Fred por sua vez se contagiou com a galera e no meio do show já foi jogando as baquetas. “Vocês tem noção que esse é o nosso penúltimo show no Brasil”, lembrou Camelo, arrancando mais gritos dos fãs.
Reforço a minha crítica feita anteriormente: num mundo cheio de filosofias, paradigmas e conceitos; a Banda do Mar mostrou que para curtir a vida, basta enxergar a simplicidade.
Já no domingo (26) o suor escorreu o meu rosto de tanto pular ao som de Pitty. Após quatro anos sem aparecer em Maceió, a baiana matou a saudade do seu público: “Esse é o terceiro show seguido, mas vocês renovaram as nossas
energias”, disse a roqueira.
A turnê “Sete Vidas” sangra o sentimentalismo que Pitty deixou guardado. “Um Leão”, “Sete Vidas” e “Boca Aberta” estavam no repertório do show que também contou com clássicos, como “Anacrônico” e “Me Adora”.
“Eu vou cantar uma música que diz que todos somos iguais. E para mim é isso, não existe branco, negro, homem, mulher, gay ou hétero. E se depender de mim, o mundo lá fora também será assim”, discursou antes de cantar “Máscara”.
O mais legal é perceber a evolução da Pitty, tanto vocalmente como musicistas. Mais uma vez ela misturou outros ritmos em suas canções antigas, mas sem deixar a atitude Punk que a levou ao estrelato.
Se o show começou com “Sete Vidas”, mostrando que a muito a se viver, “Serpente” encerrou as quase duas horas de música com o espírito de tudo se renova e “logo mais a manhã já vem”.