Brilho ocasional

A “pátria de chuteiras” entra em campo hoje à noite, outra vez, pela fase eliminatória sul-americana para a Copa do Mundo de 2010. Desta vez, diferentemente do primeiro jogo em casa (5 a 0 sobre o Equador, no Maracanã), o adversário, Uruguai, será mais difícil, e o torcedor, paulista, mais exigente, crítico, sempre disposto a reagir com vaias quando a atuação de sua seleção não é convincente.
Na verdade, a seleção montada por Dunga ainda não convenceu de todo, mesmo tendo conquistado o único título que disputou – a Copa América -, por conta de um futebol realmente competitivo e até surpreendente na partida final contra a Argentina.
Estou convencido que tudo é questão de objetivos.
O nosso, do torcedor, é ver o time ganhando sempre e ganhando jogando bem. Obviamente que a seqüência de resultados positivos leva a conquista dos títulos que vierem pela frente.
O objetivo de Dunga, e dos jogadores, é classificar a seleção brasileira para a Copa do Mundo. Significa que, para eles, tanto faz ser o Brasil ser o campeão, ser vice, chegar em terceiro ou completar a fase eliminatória em um modesto quarto lugar numa competição com nove outros países.
Desta forma, devemos estar preparados para a alternância entre raiva por atuações fracas, descompromissadas, notadamente em jogos fora de casa, com partidas de algum brilho, nos dias ou noites em que as estrelas consigam brilhar.
Tomara que hoje seja uma noite deste último caso, para que não fiquemos ainda mais longe dos argentinos na classificação.