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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Como podemos trabalhar a prevenção do uso de drogas em jovens?

Cada profissional deve encontrar o momento e maneira mais adequada de abordar o consumo de drogas.

Deve-se ter o cuidado de não colocar a questão de uma forma preconceituosa.

Uma sugestão é introduzir o assunto no contexto de perguntas sobre hábitos alimentares. De qualquer forma deve-se conhecer o padrão de consumo de drogas de qualquer individuo para o qual se assuma a responsabilidade de cuidados continuados.

É importante estabelecer um bom vínculo com o jovem, julgamentos morais impedem o estabelecimento de uma boa relação equipe e dependente, essencial nestes casos.

Os profissionais devem encarar a dependência como doença e não como “falta de caráter”.

A estratégia básica para alcançar bons resultados é utilizar intervenções breves antes que o jovem tenha desenvolvido sintomas maiores na dependência das drogas e, provavelmente uma variedade de problemas associados.

Identificando um usuário excessivo de drogas o profissional deve iniciar a abordagem informando ao jovem sobre o fator de risco identificado: “Essa quantidade de álcool/droga que voce tem feito uso, mesmo que aparentemente não esteja lhe trazendo qualquer tipo de problema neste momento, deixa-o em risco aumentado para uma série de complicações.”

Para conhecimento do profissional que irá abordar este jovem vale lembrar que o uso contínuo de álcool/drogas acarreta diversas alterações metabólicas e lesões orgânicas.

Destacamos as alterações do sistema digestivo (gastrite, esteatose, pancreatite, hepatite alcoólica, cirrose,etc.), cardiovascular (arritmia, hipertensão arterial sistêmica, miocardiopatia alcóolica,etc.), sistemas hematopoético, muscular, imunológico, etc.

Estudos mostram a coexistência do uso de drogas e a comorbidades psiquiátricas (depressão, personalidade antissocial, mania, etc.).

Em relação às alterações no âmbito da vida social, são de elevado impacto e custo social os problemas no emprego, com os amigos, problemas legais, policiais, familiares, financeiros, casos de violência, previdenciários entre outros.

Existem três níveis de prevenção, cada um com os seus objetivos próprios:

A prevenção primária quer evitar ou retardar a experimentação do uso de drogas. Portanto, refere-se ao trabalho que é feito junto aos jovens que ainda não experimentaram, ou que estão na idade em que costumeiramente se inicia o uso.

A prevenção secundária tem como objetivo atingir as pessoas que já experimentaram e que fazem um uso ocasional de drogas, com intuito de evitar que o uso se torne nocivo, com possível evolução para dependeria.

Na prevenção secundária o acompanhamento conjunto com especialistas focais muitas vezes é indicado como uma forma preventiva de evitar danos maiores à saúde.

A prevenção terciária corresponde ao tratamento do uso nocivo ou da dependência. Portanto, este tipo de atenção devem ser feita por um profissional capacitado, cabendo a família identificar e encaminhar tais casos.

As diversas formas de tratamento não são excludentes e podem ser empregadas concomitantemente (farmacologia, psicoterapia, abordagem familiar, grupos de auto-ajuda, Alcoólatras Anônimos, grupos religiosos, entre outros).

Fica a dica!

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