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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

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Confete e serpentina, Pierrot e Colombina… E a recuperação? : Texto Danilo Della Justina

A recuperação fica seriamente ameaçada, pois são muitas as ofertas de “diversão, prazeres, beleza, alegria (Euforia) e drogas”, principalmente o álcool. Temos uma cultura de que o carnaval é uma festa onde tudo pode e tudo é liberado e a euforia é geral, o que leva sem a menor dificuldade a uma recaída daquelas.

O dependente químico fica exposto a todo tipo de convites, e ofertas nesta época. Uma recaída torna-se não só evidente, como até mesmo atraente, pois seu pensamento é fixo no que está ao seu entorno, e via de regra, nos carnavais passados fez muita “festa”, usou muito nesta época e também muitas vezes teve muitos prejuízos de toda monta. Mas em sua mente, só há as lembranças positivas dos melhores momentos que viveu, e estes o atormentam cada vez, que a oportunidade de voltar ao velho modo de viver, ou seja, usar muita droga de novo aparece.

A família do dependente químico, vítima desta terrível doença, fica refém da situação, envolta em um grande conflito: qual a programação para o carnaval? Volta-se às festas, pois quem usou foi o dependente e não o resto da família, e busca uma fórmula de proteger o doente, sem perder a diversão? Ou todos se sacrificam pelo mesmo, afastando-se de toda e qualquer movimentação de euforia?

Na busca de soluções para esta questão, hoje existem algumas alternativas como: retiros espirituais ou religiosos durante todo o carnaval; pousadas em locais calmos; viagens; internações preventivas; contratação de acompanhantes terapêuticos; enfim, várias são as alternativas que infelizmente perdem feio para a grande oferta de “diversão” que seria pular o carnaval, gerando muitas vezes no dependente químico e em sua família uma grande frustração.

Para tanto é importante lembrar que o carnaval são apenas 4 dias, e a vida segue após este período, e que as consequências da falta de cuidado neste momento, pode resultar em grandes prejuízos, sejam materiais, financeiros ou moral e espiritual.

Mas com planejamento e preparação, os dias sem carnaval podem ser extremamente prazerosos, se forem realizados em comum acordo com todos, e se o desejo de viver melhor e em busca de dias melhores for a tônica desta família.

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DANILO DELLA JUSTINA

Psicólogo – CRP/2070

Doutorando em Psicologia Social

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