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Crise na UE racha Assembléia e atinge Almeida

A emblemática (e histórica) situação da Unidade de Emergência de Maceió, o maior hospital público de Alagoas, rachou a base do Governo na Assembléia Legislativa. Falta quase tudo na Unidade: gase, seringa e atendimento médico.
Mas, isso nunca foi novo por lá porque o caos na UE é conhecido pelos 94% da população de Alagoas, pela imprensa nacional, pelos deputados estaduais e até o vendedor de pastel, com seu carrinho na rampa de acesso a Unidade, incluindo todos aqueles que têm como única porta de socorro a falida e (a partir desta quinta-feira fechada) Unidade de Emergência.
Por que só agora a crise estourou e respingou na Assembléia e também no prefeito Cícero Almeida? A verdade é mais estranha: não existe falta de dinheiro, mas o problema é de gestão. Ou seja: respostas ao secretário de Saúde, André Valente e também ao governador, Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Essa análise é do deputado Jefferson Moraes (DEM): Na sessão desta quarta-feira, ele soltou o verbo contra o Governo e mirou no chefe do Executivo, Teotonio Vilela Filho: primeiro, reclamou de uma suplementação orçamentária de R$ 8,6 milhões para a unidade, pedida pelo Executivo e aprovada pela Casa de Tavares Bastos. Dinheiro de emergência para o hospital na emergência faz tempo.
Segundo, Moraes reclamou – de novo- da falta de documentos técnicos do Governo detalhando as faltas – de quase tudo, diga-se de passagem- na unidade hospitalar. “Estamos assinando um cheque em branco para o Governo. Não dá para ser assim”, afirmou. “Se o problema não é dinheiro, é falta de competência de quem não sabe usá-lo”, atacou.
O discurso de Jefferson foi em plenário, diante do presidente da Associação dos Magistrados de Alagoas (Almagis), Maurílio Ferraz, da juíza (e quase desembargadora) Nelma Padilha. Os deputados não alimentaram a conversa. O líder do Governo, deputado Alberto Sextafeira, quebrou o clima: “O projeto que chegou a esta Casa está completo. O que o Governo quer é algo a mais: um crédito especial. Isso não é cheque em branco”.
Por que a crise na UE não se resolve? “A execução orçamentária do Governo é algo fora do real. Ela não reflete a realidade de Alagoas”, diz o deputado- da oposição- Judson Cabral (PT). “É uma colcha de retalhos, essa loucura de que tudo que Alagoas, o Estado nunca está preparado”.
Alagoas tem cerca de 50 hospitais, nos 102 municípios. De acordo com Judson, o Governo- diga-se Teotonio Vilela Filho- deveria cobrar dos prefeitos a execução de suas estratégias para a saúde evitando, assim, que ambulâncias superlotadas do interior viessem a capital. Explique-se: a Unidade de Emergência de Maceió. “A Unidade de Emergência passa a ser uma caixa receptiva de todas as patologias”, conta o parlamentar.
Como resolver a crise sem fim no hospital? “O maior problema de todos é Maceió. Os postos de saúde não funcionam, se estivessem a todo vapor, não haveria caos na Unidade de Emergência. O governador deveria pedir intervenção ao Ministério da Saúde, no caso de Maceió. Com a intervenção, o Ministério da Saúde envia técnicos a Alagoas para inspecionar a gestão sobre os serviços. O fator principal é Maceió”, propõe Cabral. Um recado para o prefeito Cícero Almeida (PP) que o governador nunca vai colocar em prática.

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