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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

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A droga chegou aqui em casa! E agora? Texto: Psicólogo Danilo Della Justina

Vivemos um momento em que esta indagação está cada vez mais comum, é difícil hoje em nosso país, um lar onde a droga não tenha chego e feito seu estrago. A oferta de drogas em nosso meio é farta,  o glamour pelo uso e abuso de substâncias, sempre em voga, e a falta de investimentos e de políticas públicas sobre drogas e de prevenção colaboram para que esta realidade aconteça.

A família entra em desespero e estamos despreparados para lidar com esta situação, pois sem políticas de prevenção, em muitas casas o uso de drogas não é discutido e nem levado em conta, como se fossem vacinados ou que a possibilidade de alguém fazer uso seja inexistente, como se o problema com as drogas fosse apenas problemas dos outros, dos vizinhos e em alguns casos de algum parente.

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Mas quando o problema chega a nossa casa, vira um caos, várias etapas de comportamento são observadas nestes momentos, vem a minimização, o usuário geralmente diz que é a primeira vez e que não fará mais, e a família acredita nisto por ser mais fácil. Alguns profissionais já atestaram, que quando a droga aparece dentro de casa, é porque o familiar já usa a muito tempo, na maioria dos casos vem usando a mais de um ano, em média o uso até ser descoberto já acontece a pelo menos dois a três anos.

Então o que fazer?

Primeiro procure um profissional especializado, ou um grupo de mútua ajuda, que saberão melhor orientar nestes casos. A forma com que o assunto é tratado neste momento pode determinar o sucesso ou não na solução dos problemas. Há muitos profissionais, que não são especializados e que podem mais atrapalhar do que ajudar, há muitas inverdades sendo colocadas como sendo o certo, e muito achismo nesta área, é como no futebol, todos tem uma solução, mas não brinque com a vida de seu familiar, pois o uso de drogas é um problema sério, e assim deve ser tratado.

Nos grupos de mútua ajuda, como o Alanon, Naranon, amor exigente etc. a família vai encontrar acolhimento, empatia, muita experiência e força para lutar nesta árdua batalha. Nestes grupos terá indicação de quais profissionais podem dar a melhor orientação, quais os tipos de tratamento são possíveis para cada caso     e quais os passos seguintes para a busca de ajuda.

Um profissional especializado vai poder analisar a gravidade do problema, o tipo de tratamento mais indicado e que comportamentos a família precisa ter para melhor lidar com a situação.

Então não deixe para depois, busque ajuda o mais rápido possível, procurem estar unidos, pois acusar um ao outro ou buscar culpados não resolve nada. E tenham a certeza de que, se lutarmos juntos, a família, o grupo e um profissional especializado, o problema terá muito mais chances de ser resolvido de forma eficaz.

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DANILO DELLA JUSTINA

Psicólogo CRP 15/2070

Doutorando em Psicologia Social

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