Greve dos bancários penaliza a população

A maior greve bancária já realizada no Brasil começa a prejudicar não somente à população, mas também empresários que não sabem como guardar o dinheiro das vendas no comércio. Presas fáceis para os ladrões que infestam Alagoas e o Brasil.
A situação começa a ficar crítica e os assalariados é o que são os mais prejudicados. Banqueiros e grandes empresários dão o seu jeitinho brasileiro, enquanto que o povo fica impossibilitado de pagar suas dívidas, penalizados com juros extorsivos e sem alternativas para superar as dificuldades. Quem tiver boleto para pagar até 700 reais pode procurar as loterias esportivas ainda em funcionamento, mas se o valor passar disso, só Deus sabe o que vai acontecer.
A greve já começa a se tornar abusiva, como se tornou a dos Correios, que volta hoje a funcionar plenamente por decisão do Tribunal Superior do Trabalho.
A dos bancários segue indefinida, sem acordos entre as partes e parece que não vai terminar nunca. Pobre do trabalhador.
Enquanto os banqueiros faturam bilhões de reais semestralmente com taxas e juros que massacram a maioria da população brasileira, os bancários mendigam 12% de reajuste salarial. Eles ofereceram apenas 8%. Mas entre a oferta da Fenaban e a contra-proposta dos bancários, aparece aí uma figura que está sendo espezinhada e massacrada: o povo.
Até quando isso vai continuar? Porque o Tribunal Superior do Trabalho não adota procedimentos iguais aos tomados com os Correios? O que está faltando?
Nessa indecisão, o povo deve se preparar para pagar o custo da intransigência e da ganância, de ambos os lados, evidentemente.
Greve é legal e bom. Mas quando não atinge o direito dos outros.
Os flagelados das enchentes que tiveram suas casas destruídas vão receber um novo lar. Mas vão pagar caro por isso, numa propaganda enganosa há meses feita pelo governo federal. Sem casas e sem empregos na sua maioria, as vítimas das enchentes estão cheias mas não de água, mas de sensibilidade do governo. Eles devem fazer greve, sim, de não pagar por uma situação que não contribuíram. Deixem o governo ter a coragem de tomar suas casas.
Chega. É hora de dar um basta em tudo isso.