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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

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Identidade e futebol: é preciso pesquisar, estudar e conhecer mais sobre torcidas organizadas

É incontestável a paixão que o brasileiro, e porque não dizer o povo do planeta, tem pelo futebol. E diante de tantas manifestações ao esporte, as torcidas organizadas se mostram presentes na maioria dos clubes.

Algumas delas até recebem incentivo financeiro dos seus respectivos times.

Não há como negar que elas são capazes de transformar os jogos de futebol em verdadeiros espetáculos fora do gramado, com cores, cantos e emoção.

O problema começa quando a paixão pelo time ultrapassa os limites da legalidade e as torcidas, compostas por torcedores fanáticos, acabam se tornando violentas. A título de referência, a maior demonstração de violência nos estádios foi a que aconteceu com os hooligans – termo utilizado para definir um comportamento destrutivo e desregrado tipicamente associado com fãs de esportes-, foi a tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica. O episódio, conhecido como Massacre de Bruxelas, resultou em 38 mortos e mais de 450 feridos. Na época, os hooligans ingleses foram responsabilizados pela confusão e as equipes britânicas foram proibidas de participarem de competições europeias por cinco anos.

No Brasil, as torcidas organizadas existem desde 1969 e algumas delas admitem em seus estatutos o confronto aberto com outras torcidas e até mesmo contra a polícia. É evidente que as brigas das torcidas organizadas não acontecem ao acaso.

As organizadas, em sua maioria, perderam a proposta inicial.

Alguns jovens integram as torcidas apenas pelo “prazer” de participar de brigas gratuitas e diante de tantos confrontos violentos e banais, famílias e torcedores que frequentavam os estádios pelo prazer de torcer por seus times de coração e até como atividade de lazer, deixaram essa prática.

É preciso conhecimento da causa e atitude firme das autoridades em identificar e trabalhar preventivamente esta situação.

Talvez depois disso, os estádios voltem a ser um espaço para todos aqueles que apreciam, verdadeiramente, o bom futebol.

O futebol é o esporte mais popular do Brasil e um dos grandes responsáveis pela construção identitária e cultural dos brasileiros.

A paixão pelo futebol é passada através das gerações e conquista cada vez mais adeptos, que encontraram nas torcidas organizadas um grupo em que possam compartilhar objetivos, costumes e ideais.

É importante compreender e debater como essas organizações atuam na construção da identidade pessoal, social e coletiva de jovens torcedores.

Estudos apontam para a grande influência das torcidas organizadas na construção identitária dos jovens participantes de torcidas organizadas, devido à dedicação à torcida, às amizades construídas, ao sentimento de utilidade que carregam por serem os responsáveis pela festa no estádio e ao desejo de quebrar os paradigmas que comumente cercam estas torcidas.

Precisamos estimular aspectos positivos das torcidas, como a “festa” e a “cultura” das arquibancadas, a exemplo dos mosaicos e da pirotecnia feita em determinados setores das arquibancada.

Assim, é necessário incentivar políticas públicas, em que os agentes do Estado e da sociedade colocam-se como mediadores entre a torcida e a política, para arbitrar e minimizar os conflitos.

Fica a dica!

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