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Crônicas e Agudas por Walmar Brêda

Walmar Coelho Breda Junior é formado em odontologia pela Ufal, mas também é um observador atento do cotidiano. Em 2015 lançou o livro "Crônicas e Agudas" onde pôde registrar suas impressões sobre o mundo sob um olhar bem-humorado, sagaz e original. No blog do mesmo nome é possível conferir sua verve de escritor e sua visão interessante sobre o cotidiano.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

Novelo

IMG_3851Hoje ouvi uma música bela e antiga que falava de maneira inspiradora que “a morte era o fim do novelo”. Achei aquilo de uma beleza poética maravilhosa sobre algo tão triste e fatalista. A música continuou tocando e eu imaginando que cada um de nós temos nosso novelo que no momento que nascemos começa a se desenrolar. O fio que no início é uma pequena ponta vai tornando-se extenso, enquanto o próprio novelo começa a diminuir de tamanho -e na maioria das vezes nem percebemos. A extremidade inicial deixamos amarrada em nosso berço, por assim dizer, e então ganhamos o mundo com nosso novelo em nossas mãos -até que um dia “pluft” ele simplesmente acaba. É o fim que chega a cada um, cada qual com seu tempo e sua história -como canta Nana Caymmi: “a vida é o fio do tempo, a morte é o fim do novelo”.
Porém, pego carona na bela frase para criar outra metáfora sobre a finitude que a morte representa, trocando apenas a vogal -ou o gênero- da última palavra, mudando com isso seu significado, mas não seu simbolismo. Pensei também que “a morte é o fim da novela”. Cada um é protagonista da sua própria história que pode ser leve ou dramática, longa ou breve, banal ou inesquecível -até que que a morte vem e exibe o último capítulo, onde seguramos a outra ponta do fio -é o fim do novelo.

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