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Blog do Mousinho

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O Brasil da impunidade

O Conselho de Ética da Câmara rejeitou o pedido pela segunda vez de processar o deputado Valdemar Costa Neto, do PR, velho conhecido de todos os brasileiros, de ser acusado de ter se locupletado do recebimento de propinas no Ministério dos Transportes.
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, também acusado de desvio de verbas quando foi ministro dos Transportes vai ser processado, mas, a exemplo dos outros, deverá ser absolvido das acusações.
O Ministro Orlando Silva como sempre acontece em casos desta natureza, foi ao Congresso voltou a bater forte no soldado João Dias Ferreira que lhe denunciou pelo recebimento de propinas em nome do PCdoB e, como era previsto, saiu como vítima do episódio. O policial militar vai ser ouvido pela Polícia Federal e novos fatos poderão ainda chegar a público.
Os mensaleiros, cujos processos tramitam no Supremo Tribunal Federal, acreditam que serão absolvidos, entre eles o famoso José Dirceu e alguns devem ter, se condenados, as penas prescritas.
No nordeste e mais especificamente em Alagoas, ninguém ainda foi punido nas Operações Gabiru, Navalha, Caranca,Taturana e tantas outras feitas pelo Polícia Federal, onde figuras importantes desfilaram com as algemas nos pulsos. Mas, como todo mundo sabe, ninguém até agora foi punido e dificilmente o será.
Este é o nosso Brasil, onde vale aquela máxima de que ´´rouba, mas faz´´. Como ninguém mesmo deve ir para a cadeia e muito menos perder mandatos e patrimônios, a nossa legislação incentiva atos de improbidade dos agentes públicos, sejam eles do executivo ou do legislativo.
Até quando isso vai parar ninguém sabe. O que se sabe mesmo, é que novas ondas de corrupção estão a caminho e fatalmente será levada ao conhecimento público pelos órgãos de comunicação.
A nossa Copa do Mundo, onde o Brasil investirá bilhões de reais em obras as mais diversas, também já estão sendo alvos de suspeitas de superfaturamento e fica ainda mais abalado com as denúncias contra o Ministro dos Esportes, Orlando Silva. Até a FIFA, promotora do maior espetáculo do mundo, já sentiu isso.
Imaginem nós, aqui no Brasil.

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