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Pop Boy

Marcos Filipe é jornalista formado pela Universidade Federal de Alagoas e viciado em tudo o que envolve Mídias Sociais, Cinema, Televisão, Música, Literatura e Eventos. Um Geek de carteirinha, ligado em desenho animado e games. Desde 2010 escreve sobre esses assuntos se alimentando todos os dias da mais pura Cultura Pop.

Todas as postagens são de inteira responsabilidade do blogueiro.

O problema de Witness da Katy Perry

Finalmente o mundo conheceu nesta quinta-feira (8) o novo trabalho de Katy Perry, o enigmático Witness. Tanta especulação e alguns erros de marketing na divulgação fizeram com que o público escutasse com desconfiança as novas faixas. Para ser sincero, tive que escutar três vezes, voltar algumas para escrever no blog.

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Coloquei esse cd como um “problema” para a cantora, porque uma das propagandas entorno dele era a conversa de um pop com “propósito”, que iria mostrar uma cantora madura, sem as perucas e brilhos dos seus dois últimos trabalhos. Observando por este lado, creio que Katy conseguiu, Witness é totalmente diferente dos seus antecessores.

O problema é que falta consistência entre as faixas. Aprendi e li, que um álbum deve contar uma história musical, não somente através das letras, mas no som, e pontuando assim o nosso ouvido. Witness falta isso, as músicas separadas são boas, cada uma em seu estilo, mas unidades no álbum ficam desconexas. Por exemplo, por mais que a maioria ache as canções da Björk sem sentindo (eu não, só pra deixar claro), quando elas ouvem um trabalho seu, encontram as ligações e ouvem da primeira faixa a última, com Katy isso não. Sinto dizer, mas depois que ouvi a segunda vez, deu vontade de pular algumas.

No geral o cd tem muita influência eletrônica dos anos 90, principalmente nas faixas mais animadas, isso é forte Tsunami e na conhecida Chained To The Rhythm. No final ela me aparece com uma balada ao som do piano com Into Me You See.

Acho que se as músicas fossem colocadas em outra ordem, como por exemplo, as duas primeiras faixas Witness e Hey Hey Hey poderiam ter ido para o meio junto com Mind Maze.

Talvez esse seja o mesmo erro cometido por Gaga em ArtPop, onde se busca um pop mais maduro, diferenciado, mas não consegue unir as peças em algo consistente e ao mesmo tempo agradável aos ouvidos. Porque na história da música já se provou que é possível canções de qualidade e comerciante vendáveis. ABBA, Michael Jackson e Madonna já provaram isso.

E antes que cobrem um exemplo atual, o cd do Harry Styles é a prova disso. Já ouviram?

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