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O TJ e a psicologia dos tremores

O Tribunal de Justiça discute amanhã a situação do fórum do Barro Duro, que registrou na semana passada dois tremores: um na sexta-feira; outro sábado.
E qual a conclusão do TJ? Ela será lida amanhã, na sessão do pleno, a partir das nove da manhã. Para os desembargadores, os efeitos dos tremores são “psicológicos”. Pelo menos é isto definido até o final da tarde de hoje. Prevalecendo isso, pode-se trocar em miúdos: tudo é imaginação dos serventuários, dos promotores e dos juízes.
De fato. Existe um clima de tensão, talvez justificado, mas não é o que se vê todos os dias nos próprios corredores, silenciosos e angustiados.
Este blogueiro teve acesso hoje ao fórum, especialmente nas salas das testemunhas e na “sala de espera” dos presos, quando eles chegam escoltados ao fórum e aguardam o chamamento do juiz para participar dos julgamentos.
Por lá, a situação vai além dos livros de auto-análise ou instruções filosóficas do porvir: há rachaduras, o teto de gesso caiu, os fios desemcapados estão à mostra e até pedaços de cordões seguram os forros de madeira arrancados (ou caídos) de remendos de madeira em uma base de concreto corroída pela ação do tempo.
Os promotores se reuniram hoje, na sede da Associação do Ministério Público. Nos próximos dias, eles vão encaminhar, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) uma representação contra o TJ alagoano. Querem a interdição do prédio, como, aliás, defende o chefe do MP, Coaracy Fonseca.
Os serventuários também se reuniram hoje. Marcaram para amanhã protestos e bandeiraço diante do TJ.
Dentro do MP, a situação do fórum gerou uma crise política. Foram lembrados os tempos das gestões “corruptas”, os que porventura tivessem se beneficiado da construção do fórum e voltam-se a tona episódios, até eleições de desembargadores e os agenciadores do crime, vindos de Alagoas, hoje transferidos para Brasília, transformando o Direito em balcão de negócios de larápios.
Os testes psicológicos do TJ poderão ladrilhar a psicanálise do mesmo TJ, com suas contradições internas e contratempos supra-jurídicos.

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