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Projeto que tramita no Senado pode trazer perdas de mais de R$ 3 bilhões aos cofres municipais

Proposta ainda tramita nas comissões, mas já assusta CNM
Proposta ainda tramita nas comissões, mas já assusta CNM

Uma proposta que tramita no Senado pode trazer prejuízos de aproximadamente R$ 3 bilhões aos municípios brasileiros. O texto do Projeto de Lei dos Senado (PLS) 253/2015 tem como principal mudança aumentar em 300% o limite de faturamento atribuído aos Microempreendedores Individuais (MEI). A aprovação da proposição alteraria a margem dos atuais R$ 60 mil para R$ 180 mil.

A proposta também trata da possibilidade do MEI ter até três funcionários. O projeto não modifica o valor devido pelo MEI no Imposto Sobre Serviços (ISS), Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Nessas ocasiões, o texto mantém, respectivamente, os valores de R$ 5,00, R$ 1,00 e R$ 45,65.

Conforme a Lei Complementar 123/2006, a primeira faixa de faturamento estabelecida às Microempresas e às Empresas de Pequeno Porte é de até R$ 180 mil. Com base nos valores declarados em 2014, a Receita Federal do Brasil aponta que cerca de 70% (2.591.813) do total das empresas optantes pelo Simples Nacional estão nessa faixa.

Nesse sentido, o aumento do faturamento do MEI provocará uma monstruosa migração de empresas hoje optantes pelo regime ordinário do Simples para o MEI. Isso vai ocasionar uma significativa perda de receita aos cofres municipais e estaduais. Também vai acarretar em vários impactos na previdência.

Tramitação

O texto do PLS 253/2015 pretende alterar a Lei Complementar 123/2016. Ela dispõe sobre o tratamento diferenciado e favorecido às Microempresas, Empresas de Pequenas Porte e Microempreendedores Individuais e o Simples Nacional.

A matéria está na pauta da Comissão Especial de Desenvolvimento Nacional e tem uma audiência prevista para a próxima quarta-feira, 25 de novembro. Preocupada, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) solicita aos gestores e servidores municipais que façam uma mobilização entrando em contato com a bancada de senadores de seus respectivos Estados. A ideia é pedir aos parlamentares para que o projeto não seja aprovado.

Além dos prejuízos que podem chegar a R$ 3 bilhões, a CNM lembra que a aprovação do projeto vai acarretar em outros impactos como as receitas de taxas, uma vez que a Lei do Simples proíbe as cobranças pelas administrações tributárias municipais ao MEI. A entidade trabalha para retirar a matéria de pauta.

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