O polêmico quarterback do San Franscico 49ers, Colin Kaepernick, voltou a protestar durante o final de semana em partida válida pela segunda semana da NFL. Contra o Carolina Panthers, na derrota por 46 a 27, Kaepernick voltou a ter a performance questionada em campo e a atitude durante o hino nacional também. Misturando política e...
(Foto: USA Today)(Foto: USA Today)
O polêmico quarterback do San Franscico 49ers, Colin Kaepernick, voltou a protestar durante o final de semana em partida válida pela segunda semana da NFL. Contra o Carolina Panthers, na derrota por 46 a 27, Kaepernick voltou a ter a performance questionada em campo e a atitude durante o hino nacional também.
Misturando política e esporte, Kaepernick voltou a ajoelhar junto com o safety Eric Reid em protesto pelos direitos dos negros e pelo fim da violência policial na Terra do Tio Sam. A última cena de violência registrada no país ocorreu no estado de Ohio, no dia 15 de setembro, quando um menino negro foi morto após “sacar” uma arma de brinquedo. A morte Tyree King, de 11 anos, reascendeu um debate sobre o uso de armas e ações policiais no país.
Aproveitando o debate, o atleta pela terceira vez consecutivas em jogos dos 49ers puxou o protesto. Diferente das últimas vezes, o gesto do quarterback dos 49ers incentivou novos atletas a realizarem também o seu protesto particular durante a execução do hino nacional, tocado sempre antes dos jogos.
(Foto: Maddie Meyer/Getty Images)(Foto: Maddie Meyer/Getty Images)
Além de Kaepernick e Reid, o linebacker Eli Harold, do mesmo time, ergueu o punho cerrado, em um gesto simbólico adotado pelos Panteras Negras na luta contra o racismo.
Além dos três atletas de San Francisco, no mesmo domingo (18), durante vitória do New England Patriots contra o Miami Dolphins, por 31 a 24, outros três jogadores dos Dolphins – Michael Thomas, Kenny Stills e Arian Foster – também repetiram o gesto de se ajoelhar.
Em Detroit, na derrota do Detroit Lions para o Tennessee Titans, por 16 a 15, os atletas Jurrell Casey e Jason McCourt também levantaram o punho durante o hino.
Técnico dos Panthers comenta manifestações
A repercussão dos protestos chegou até o técnico dos Panthers, Ron Rivera, que tem descendência mexicana, mas que preferiu não polemizar mais o assunto. “As pessoas vão aos estádios para fugirem disso. Eu percebi isto após o boicote aos Jogos de 1980. Não acho que isto seja justo. Estamos usando o esporte”, disse ao site da NFL.
“Não estávamos felizes com a política na Rússia (em 1980), e o que eles fizeram? Estavam invadindo o Afeganistão. Desde então eu estou decidido que esporte é esporte e política é política. Se você quiser falar de política, se você quer se envolver, se jogue na carreira política. Se você quer fazer mudanças, vote. Vote. Esta é a verdade sobre o assunto”, finalizou.