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Bispo Filho

Bispo Filho é Administrador de Empresas e Estudante de Jornalismo.

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Psicóloga Joelma Nunes fala sobre Abordagem Familiar

Abordagem inicialmente pode ser entendida como uma forma de aproximação, entre pessoas ou coisas. Em tempos de desconfiança, medo e insegurança, aproximar-se das pessoas é uma tarefa difícil. Principalmente, quando se vive uma realidade de desconforto e adoecimento. No caso das famílias, que são afetadas pelo uso de drogas de seus entes, esta aproximação é ainda mais delicada. Para este tipo de abordagem, a empatia e o respeito são fundamentais, para que os muros da vergonha e do isolamento, sejam derrubados. Além, é claro, de um conhecimento técnico, para que essa família sinta-se acolhida, e tenha a oportunidade de perceber e aceitar o fato, de que também adoeceu e assim como o dependente químico, necessita de tratamento e cuidado.

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Uma Abordagem realizada com assertividade permite ao indivíduo reconhecer, que precisa de ajuda, e compreender que sozinho não conseguirá mudar a situação atual, entendendo que existem fontes de ajuda, que podem transformar sua realidade. Através dessa abordagem, é possível identificar a disfuncionalidade do ambiente familiar, ou seja, o que não está funcionando como deveria, naquele espaço. É também, um espaço para orientação e informação sobre a doença Dependência Química e suas as formas de tratamento, bem como sobre a Codependência, a “doença” do familiar, que embora não seja reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como tal, provoca alterações, físicas e psicológicas.

Uma das prioridades da Abordagem Familiar é estabelecer uma parceria com os familiares, para que o tratamento de ambos tenham mais chances de dar certo. Importante destacar, que o processo de recuperação é individual, cada ente é responsável por sua mudança de comportamento e evolução.

O ideal, é que esta abordagem seja realizada por um profissional especializado, que tenha habilidade para escutar, acolher e realizar uma aprofundada coleta de dados, que possam ajudar na elaboração do plano terapêutico, evitando as possíveis sabotagens e desistências durante o processo de tratamento.

Nesse momento, são apresentadas as formas de ajuda disponíveis, para que os familiares possam trabalhar seus medos e expectativas, como por exemplo, a indicação de Psicoterapia, para modificar padrões de comportamento, permitindo que sua vida seja resgatada aos poucos, bem como de grupos específicos para codependentes, como por exemplo, al-anon, nar-anon, amor exigente, coda, entre outros. Espaços que permitem uma identificação de sintomas, desmistificar pensamentos e crenças, e resgatar sua qualidade de vida.

Profissionais especializados e qualificados garantirão Imparcialidade, Sigilo e Respeito, fundamentais para o sucesso da abordagem familiar.

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  • Joelma Nunes

Psicóloga, Doutoranda em Psicologia Social, há 07 anos tratando codependentes.

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