PT, em crise, tem racha entre seus filiados

Ninguém se entende no PT de Alagoas. As recentes declarações do deputado Ronaldo Medeiros de que o empréstimo feito pelo ex-deputado Paulão, indiciado pela Operação Taturana, teria sido para bancar a campanha de Judson Cabral, foram o mesmo que explodir uma bomba no partido.
O presidente regional do Partido dos Trabalhadores, Joaquim Brito, exige que Medeiros se retrate publicamente das colocações feitas na tribuna da Assembleia Legislativa e ataca companheiros por serem contra a filiação do presidente da Câmara de Vereadores, Galba Novaes, no PT, no que ele chama de dinossauros da política e sem votos.
Como se vê, o partido começa a ficar rachado em Alagoas, embora alguns filiados tentem remendar os estragos ocorridos até agora.
A grande preocupação, no momento, é com as eleições do próximo ano, onde o PT pode chegar fragilizado com problemas internos e de soluções difíceis. Para alguns integrantes do PT, que falam somente nos bastidores, é melhor que se lave a roupa suja agora, do que em 2012. Isso traria dificuldades para todos os candidatos, indistintamente, que buscariam mandatos na capital e no interior.
Na verdade, os indiciamentos pela Polícia Federal na Operação Taturana sobre empréstimos considerados lesivos aos cofres públicos e que atingiram em cheio gente do PT e a maioria dos deputados estaduais, são um sinal de que a coisa não vai bem. Nem para os que têm mandato, nem tampouco para o partido que fica vulnerável durante a campanha nas eleições do próximo ano.