Alerta 24 Horas
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Renan Calheiros, líder do PMDB no Senado, não poupa argumentos para criticar mais dois projetos polêmicos do governo Temer: a reforma da Previdência e a terceirização do trabalho nas empresas.
“A terceirização, da forma como foi aprovada na Câmara, é o boia-fria.com“, disparou Renan, segundo O Globo. “O texto do projeto aprovado precariza as relações de trabalho, derruba a arrecadação, revoga conquistas da CLT e piora a perspectiva de aprovação da reforma da Previdência”, diz uma nota assinada pelo líder e mais oito senadores pemedebistas.
Nesta quarta-feira (30), Renan fez um duro discurso acusando o Jornal Nacional, da TV Globo, que na segunda-feira divulgou uma informação vazada pela Lava Jato com suspeitas sobre dois saques em dinheiro que o senador fez em sua conta em 2012 e 2014. Este último, segundo o senador, foi um empréstimo que ele fez no Banco do Brasil. “Criminalizar um saque de um empréstimo no Banco do Brasil é uma coisa inacreditável”, afirmou o alagoano.
Renan disse que esses “vazamentos seletivos” e sua divulgação no JN são tentativas de atacar suas posições políticas recentes, sobretudo contra a reforma da Previdência e a terceirização. E deu nome a essa prática: “Isso é abuso de autoridade”, afirmou, emendando: “Como podem essas pessoas continuar a fazer isso sem que haja punição?”.
Por essas e outras, os jornais O Globo, Folha de S. Paulo e Valor Econômico de segunda e terça-feira informam que o clima no Senado é aprovar, o quanto antes, o projeto de Renan que estabelece punições para o abuso de autoridade por agentes públicos municipais, estaduais e federais nos três poderes – do delegado de polícia ao presidente da República, aí incluindo policiais, promotores, juízes, parlamentares e governantes.
Desde a polêmica Operação Carne Fraca, há dez dias, o projeto de Renan vem ganhando força. Senadores que eram contra agora votam a favor, segundo os três jornais.
“A operação Carne Fraca criou um clima bem favorável à aprovação do abuso de autoridade, aquele delegado dando entrevista ao vivo e o estrago que fez na indústria nacional de carne. Os senadores que não iam votar o projeto do Renan, agora vão. Vai passar pela CCJ e votar no plenário o mais rápido possível” – disse um senador peemedebista, reservadamente, ao Globo.