Silêncio de Collor preocupa Almeida

O senador Fernando Collor (PTB) calou-se. Não sonda mais a Prefeitura da capital querendo cargos. Não entra em contato com mais ninguém.
Seu silêncio incomoda o prefeito Cícero Almeida (PP). O que Collor quer? Ninguém sabe.
Mas, Almeida parece saber o quer. Ele está sendo pressionado por alguns conselheiros a manter Théo Fortes na Secretaria de Educação. Há argumentos favoráveis a ele.
Na próxima semana, pelo menos foi este o aceno dado pelo chefe do Ministério Público de Alagoas, Eduardo Tavares Mendes, o Conselho Superior do MP pode decidir se a promotora Cecília Carnaúba pode ou não ser liberada para a Secretaria de Educação. A intenção é que não seja.
E o "plano B" é Théo Fortes, considerado mais "palatável", ou seja, menos exigente que a promotora em questões de gestão.
Mas, o silêncio de Collor, se rompido, pode fazer ruir o castelo de cartas dentro da Prefeitura. Almeida corre para evitar o "sopro político" de Collor. E o senador se torna "esquecido". Ele está em Brasília e participa, no costumeiro estilo mineiro, da eleição à Presidência do Senado. Não diz se vota no senador José Sarney (PMDB). Mas também não adianta se está com Tião Viana (PT).
Collor é um baú de segredos.