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Suplentes querem celsistas para derrubar AA

Depois do passo do juiz Gustavo Souza Lima, que anulou a reeleição da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, comandada, a partir do próximo ano, pelo deputado afastado Antônio Albuquerque (sem partido), o grupo dos “independentes”, os suplentes dos parlamentares, preparam a eleição da Nova Mesa. Com o discurso “a Mesa passa por aqui”, ou seja, por eles, o grupo dos oito trava uma batalha de diálogo para atrair o grupo do ex-deputado Celso Luiz (PMN).
A proposta é articular a cassação do deputado Antônio Albuquerque. Desta vez, do cargo.
O grupo de Celso Luiz tem três deputados: Marcelo Victor (PTB), Cláudia Brandão (PMN) e Sérgio Toledo (PMN), este último considerado o mais “poderoso” de todos. Mas, estes votos são indefinidos.
Para derrubar AA, os suplentes precisam de 14 votos. O grupo tem 11, somando-se a oposição, ou seja, os deputados Paulo Fernando dos Santos, o Paulão (PT), Judson Cabral (PT) e Rui Palmeira (PR). Os três votos viriam do grupo celsista. É o que eles pensam. O ar é repleto de incertezas.
Isso porque a própria oposição, ou seja, Paulão, Judson e Rui não acreditam em um voto favorável de Marcelo Victor para a cassação de AA. Há mais votos, em tese, salvacionistas para o ex-rei de Limoeiro de Anadia: Alberto Sextafeira (PSB) e Fernando Toledo (PSDB)- não há consenso se Toledo rompeu mesmo com o parlamentar acusado pela Polícia Federal de liderar uma quadrilha na Assembléia.
O xadrez também não gera consenso, na hora de se mexer as pedras. Por exemplo: seis deputados estão indiciados pela Polícia Federal. Respondem por empréstimos ilegais. Votar pela cassação de AA geraria um precedente para se derrubar os seis indiciados.
Indiciados votariam pela própria cassação? A resposta é não.
“A princípio, o primeiro acordo é que votemos pela cassação de Antônio. O resto vamos conversar depois”, disse um dos suplentes. Porém, ele não descartou que o tal processo comece e encerre em AA.
Há um outro caminho: permanecendo as indefinições, faz-se pressão. E é o Orçamento de 2009, as finanças públicas de Alagoas, esse instrumento de barganha para retirar o presidente afastado da Assembléia da própria Assembléia.
“Se não destituir o deputado, vamos ‘segurar’ o Orçamento. Não adianta o Governo chegar aqui de última hora para entregar a peça para votar e também não adianta manobra. Podemos pedir vistas ou não votar neste Orçamento”, afirmou. E as pressões? Vão suportar? “O grupo é unido. Não vai desistir”.
Não se sabe como retirar um outro argumento, segundo a oposição, por enquanto, favorável a AA: uma liminar na Justiça impedindo que os suplentes levem em frente a cassação do parlamentar. Os suplentes legislariam em causa própria, neste caso, o deputado Jeferson Morais (DEM), hoje ocupante do lugar do deputado afastado. Ele poderia votar na cassação do cargo de AA, logo o deputado-suplente, maior interessado nisso?
Para a oposição, não; para os suplentes, sim.
Como resolver os nós do xadrez? Os suplentes ainda não sabem da resposta.

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